segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

COLUNA DE SEGUNDA NO JP

ESCREVI E ASSINO EMBAIXO
Nossas demandas regionais estão todas desarticuladas. Hoje temos um deputado federal e um deputado estadual. Ambos das bases do governo. No entanto, o executivo municipal não consegue utilizar isso a nosso favor. Faz pior. Ignora a presença do dep. Marlon. Erra duas vezes. Porque, pensando em deixá-lo de fora, apenas o fortalece politicamente e o desonera dos nossos pleitos. Insisto na tese, que o erro da prefeitura é estratégico. Tanto na montagem da equipe, quanto no mau aproveitamento de alguns dos secretários. É um governo de dois anos, com cara de quatro. E cada vez mais gente, torce para que 2012 chegue de uma vez. Uma pena. Porque ainda acho que GG tinha todas as condições políticas para fazer um grande governo.

ECONOMIA CULTURAL
Fui convidado a lecionar em uma especialização cujo tema é a economia da cultura. Essa tem ocupado cada vez mais espaço nas discussões contemporâneas, dialogando com temas candentes como desenvolvimento, políticas públicas, turismo, diversidade cultural, meio ambiente, gestão cultural. Tema ainda embrionário no Brasil, motivo de chacota em nossa cidade. Por isso estamos cada vez mais pobres.

TARSO
O governador tem demonstrado uma habilidade ímpar. Conversa com a ALRS, com a imprensa e dialoga muito com a sociedade. Ainda é cedo. Mas se continuar assim, poderemos estar diante de uma grande administração. Tomara.

UERGS
Em São Borja Tarso anunciou a nomeação dos diretores regionais e de 23 professores concursados. Disse também que remeterá a ALRS, projeto para a contratação de professores temporários, pleito que a “República de Cachoeira”, sempre defendeu e parte da comunidade acadêmica nunca aceitou. Que bom, que mudamos.

A DIREITA ARTICULADA
Parece mentira, mas a direita cachoeirense está tomando conta de todos os partidos. Estamos próximos de 2012 e até agora, o que se vê é uma repetição dos mesmos e alguns nomes novos, já comprometidos com o que de mais arcaico temos. Assistiremos inertes?

VEREADORES
Não entendo porque não se inicia o debate acerca do número de vereadores que a nossa Câmara deveria possuir. Será que não haverá nenhuma discussão pública e o número será definido de madrugada?

CONSERVADORISMO
Achei que a idéia do Ferrony em lançar o Adão Itturrusgarai para patrono da feira seria quase que um consenso. Nunca esperei ouvir tantos desaforos e ler tantos e-mails, contrários a idéia. Motivo? Ele não é convencional. Mas é por isso que fui o “segundo” a me filiar ao movimento. Precisamos nos oxigenar. Ainda bem, que o Adãozinho, que está acompanhando tudo, ficou ainda mais feliz.

CECÍLIA CHAVES
Fui questionado por algumas pessoas sobre o fato da presidenta da CASCISC ter ido à audiência com Beto Albuquerque, sem ter convidado o dep. Marlon. Até onde eu sei, ela foi convidada a participar da audiência. Ela não a solicitou. Portanto, não caberia a ela convidá-lo. Talvez fosse o caso, do deputado ter se apresentado espontaneamente, para ajudar. Ou não.

CASA DA ALDEIA
O município de Cachoeira do Sul foi condenado pelo TJRS em sede de Ação Civil Pública a fazer o restauro daquele patrimônio histórico. Cabe recurso, mas agora sem efeito suspensivo, em tese. Na condenação, foi imputada ao Prefeito multa diária de R$ 500,00 por dia, em caso de não cumprimento da obrigação. Ponto para a DEFENDER.

VINI SEVERO
Meu colega, disse na sexta, que eu pensava em sair candidato. No momento, converso com um único partido. Mas não penso em concorrer a qualquer cargo. No entanto, nunca vou me furtar em colaborar em um processo de discussão de rumos e projetos para a nossa cidade, desde que de esquerda e progressista. Senão, não.

SALÁRIO MÍNIMO
Não vou entrar no debate econômico. Só no político. Foi constrangedor ver Vicentinho apoiando a proposta do governo. E uma estultice o ACM Neto, posando de revolucionário. Uma coisa é certa: quando a esquerda começa a contar dinheiro, virou direita, como diria Carlito Maia.

2 comentários:

Anônimo disse...

A BEM DA VERDADE.
QUEM MARCOU O ENCONTRO DO PREFEITO DE CACHOEIRA E RIO PARDO COM O SECRETÁRIO BETO ALBUQUERQUE, FOI O DEPUTADO HEITOR SCHUCH. ESTAVAM CONVIDADOS O PREFEITOS DE AMBOS OS MUNICÍPIOS, PRESIDENTE DE CAMARAS DE VEREADORES E LIDERENÇAS EMPRESARIAS
O DEPUTADO EDSON BRUM MESMO SENDO ADVERSARIO POLITICO DO GOVERNO E DO PREFEITO DE RIO PARDO COMPARECEU SEM CONVITE
O NOSSO DEPUTADO MARLON MESMO SENDO DA BASE DE SUSTENTAÇÃO DO GOVERNO E SABEDOR DA NÃO REUNIÃO NÃO QUIS COMPARECER. O RESTO É CONVERSAD FIADA DR.

Péricles disse...

Oi Mahfus....

Sabe q seguidamente leio tua coluna e confesso que às vezes fico horas pensando sobre! No fundo acho q este deve ser o objetivo de todo colunista...

Bem.. mas fiquei pensando sobre a "nossa desarticulação". Este fato q vc escreveu, é apenas um caso em um milhão.. olha por exemplo a participação em nossas associações... TODAS são tocadas pelas mesmas pessoas, com raras e louváveis exceções!

Nem vou citar muitos exemplos pq são irrelevantes, mas mais um caso q lembro, foi a tua sugestão de criar grupos de articulação nos municípios. Sei q eu me habilitei mas, qtos mais o fizeram? Tb não vem ao caso.. é mais um exemplo!

Agora olhando o caso mais a fundo.. lembra do Robert Putnam, que escreveu Comunidade e Democracia, sobre o pq o norte italiano se desenvolveu enquanto o resto ficou estagnado?

Ele associou este desenvolvimento ao processo de ocupação do território e consequente formação do "capital social".

No norte, as pessoas estavam organizadas em "comunas" e se preocupavam umas com as outras. Afinal se as outras pessoas forem bem, eu e a minha comunidade iremos bem!

Desta forma, é possível coletivamente pensar o desenvolvimento econômico e social da região. Mas e nós!? Não conseguimos nem o básico!!! Vide exemplos acima....

Para o Putnam, o capital social estava baseado na cooperação, fidúcia e educação (entre outros). Se a nossa educação é uma M (M de Miséria!), como poderemos reverter este quadro caótico que é um verdadeiro círculo vicioso.

Como poderemos ter resultados econômicos efetivos (pq o q temos agora é apenas crescimento como reflexo do Estado. O nosso é pífio tanto que continuamos aquém da 40ª posição do ranking de ICMS há mais de 5 anos) se não pensamos na coletividade?

Uma revolução educacional? Uma revolução social?

Apenas alguns pitacos.
PARABÉNS pela coluna.

Abraço