sábado, 25 de setembro de 2010

FHC ADMITE VITÓRIA DE DILMA

Em entrevista ao jornal britânico "Financial Times", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu a possibilidade de Dilma Rousseff (PT) ser eleita presidente.

O repórter Jonathan Wheatley relata em seu texto que sugeriu, em entrevista há cerca de duas semanas e meia, que já se sabia quem seria eleito. FHC apenas respondeu "sim".

"Isso vai nos impedir de desenvolver mais rapidamente. Mas isso não vai levar o Brasil para trás. A sociedade é muito forte para isso", completou o ex-presidente, ao ser questionado o que isso significaria.

JORNAL "ESTADÃO" ABRE VOTO PARA SERRA

EDITORIAL DO JORNAL

A acusação do presidente da República de que a Imprensa “se comporta como um partido político” é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside.

E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre “se comportar como um partido político” e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.

Efetivamente, não bastasse o embuste do “nunca antes”, agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder.

É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir.

O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa – iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique – de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana.

Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia – a começar pelo Congresso.

E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o “cara”. Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: “Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?”

Este é o mal a evitar.

IBOPE RS

Na mais recente pesquisa Ibope para o Piratini, os três principais candidatos aumentaram seus índices em relação ao levantamento anterior.

Tarso Genro (PT) tem 44% das intenções de voto, José Fogaça (PMDB), 26%, e Yeda Crusius (PSDB), 17%. Pedro Ruas (PSOL) e Julio Flores (PSTU) aparecem com 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

Em relação à sondagem anterior, realizada de 31 de agosto a 2 de setembro, o petista e o peemedebista subiram três pontos percentuais e a tucana, quatro pontos.

Na sondagem espontânea — quando não é apresentado o disco com o nome dos candidatos — Tarso aparece com 34%, Fogaça tem 21% e Yeda Crusius, 13%. Neste cenário, o índice de indecisos diminuiu bastante, indo de 48% no levantamento anterior para os 26% na pesquisa atual.

SEGUNDO TURNO?

Por José Roberto de Toledo
As oscilações registradas pela pesquisa Ibope se devem principalmente à conversão dos indecisos. Eles caíram de 8% para 5% em uma semana e beneficiaram os candidatos de oposição.

Com isso, a soma de brancos, nulos e indecisos chegou a 10%. Está muito próxima do que foram os brancos e nulos na eleição de 2006: 8,4%

Logo, a fonte de votos dos indecisos está se esgotando como fator de crescimento dos oposicionistas. Na semana que falta até a eleição, José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) precisarão, necessariamente, "roubar" eleitores de Dilma Rousseff (PT) para conseguir levar a eleição para o segundo turno.

Não é uma tarefa fácil. Dilma tem cerca de 10 milhões de votos a mais do que a soma dos adversários. Se cooptarem metade, ou seja, 5 milhões de eleitores, haveria uma boa chance de segundo turno. Isso equivale a virar 625 mil votos por dia, de hoje até a eleição.

Para isso ocorrer, é necessário um fato novo. As denúncias apresentadas até aqui contra a candidatura da petista parecem estar perto do limite de seu impacto eleitoral.

A queda da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil, teve um impacto limitado sobre a eleição.

Apenas 27% dos eleitores souberam da demissão, tomaram conhecimento que a causa foi a acusação de que filhos da ministra intermediaram negócios com o governo e acham que isso é verdadeiro em algum grau. Mas 1 em cada 3 desses ainda vota em Dilma.

Na prática, apenas 9% dos eleitores admitem que o caso influenciou ou pode influenciá-los: 4% dizem que já mudaram de candidato e 5% afirmam que estão repensando seu voto. Porém, os percentuais são iguais para os eleitores de Dilma e de Serra. Logo, eventuais mudanças podem anular umas às outras.

A exigência de dois documentos para poder votar (título de eleitor e um documento com foto) não parece ser um fator decisivo no resultado da eleição.

Nada menos do que 95% sabem da exigência e estão preparados para levá-los à urna. Não há diferença nisso entre os eleitores de Dilma e de seus adversários.

IBOPE RS

Não tenho ainda todos os dados, ms a pesquisa de hoje a noite trará surpresas e uma certeza: o favoritismo de Tarso.

O VEXAME DO STF

STF informa que o processo de Joaquim ‘Ficha Suja’ Roriz voltará a ser analisado na sessão da próxima quarta (29), a cinco dias da eleição.Tarde demais. Com a renúncia de Roriz à candidatura de governador do DF, o julgamento do recurso já não faz nexo.
Deu-se um fenômeno que os advogados chamam de “perda de objeto”. Inexistindo a candidatura, não há mais direito a ser preservado (ou negado).
Além do “objeto” perdeu-se a oportunidade. Em vez de oferecer ao país uma decisão –qualquer decisão—, o Supremo proveu pantomima e insegurança jurídica.O processo de Roriz repercutiria sobre todos os outros casos de “ficha suja”. Há, por ora, 288 candidatos impugnados pela Justiça Eleitoral.Ao Supremo caberia informar se a lei que impôs a exigência de prontuários limpos vale para 2010 ou apenas para eleições futuras.

Diante de um empate que o noticiário prenunciava há pelo menos duas semanas (5 a 5), o presidente do STF, Cezar Peluso, poderia ter dado o voto de minerva.O “voto de qualidade” do presidente está previsto no regimento interno do tribunal. Porém, Peluso votara contra a vigência imediata da ficha limpa.

E preferiu não arrostar, sozinho, a fama de coveiro de uma novidade que, segundo o Ibope, caiu nas graças de 85% dos brasileiros.Qualquer decisão teria sido menos vexatória que a indefinição. Correm no Supremo outros processos análogos ao de Roriz.As dúvidas que rondam a lei da ficha limpa –Vale para já? Pode retroagir no tempo?— terão de ser elucidadas num desses julgamentos.O diabo é que, a essa altura, já não há tempo para um pronunciamento “supremo” antes das eleições de 3 de outubro.

Ao renunciar, Roriz converteu a pantomima do STF num vexame incontornável. Uma pena.

SERRA EM "A HORA DO GELO"

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FICHA LIMPA

Usando o jargão popular, os ministros da suprema corte, amarelaram no dia de ontem. Poderiam ter usado o voto de qualidade, como previsto no regimento. Criaram uma celeuma desnecessária.

VOX POPULI EM SP

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, cresceu 11 pontos porcentuais e abriu a possibilidade de que a disputa ao Palácio dos Bandeirantes possa ser levada ao segundo turno. Pesquisa Vox Populi divulgada hoje, encomendada pelo portal iG e pela TV Bandeirantes, mostra o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, com 40% das intenções de voto, enquanto o petista registrou 28%.
Na pesquisa anterior, veiculada em 16 de agosto, o candidato do PSDB tinha 49% e Mercadante, 17%. A diferença, portanto, caiu de 32 para 12 pontos porcentuais. Pela sondagem divulgada hoje, Celso Russomanno, do PP, tem 9%, seguido por Paulo Skaf (PSB), com 3%. Fabio Feldmann, do PV, teve 2%. Os votos desses candidatos, somados aos de Mercadante, chegam a 42% das intenções de voto, superando a marca de 40% de Alckmin.

VOX POPULI RS

O candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, subiu dez pontos percentuais e seria eleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje, segundo pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada nesta sexta-feira.

Genro tem 45% das intenções de voto, seguido de José Fogaça (PMDB), com 22%. Em terceiro lugar, aparece a governadora e candidata à reeleição, Yeda Crusius (PSDB), com 11%.

Brancos e nulos somam 4%, e os indecisos são 16%. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O instituto ouviu 800 eleitores entre 18 e 21 de setembro. A pesquisa está registrada do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 31710/2010.

SIMON ABRE VOTO PARA MARINA

Senador Pedro Simon, que já foi Dilma, agora é Marina. Prenúncio de desastre na onda verde.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

DERROTA DE MARCO MACIEL?

O deputado federal Armando Monteiro Neto cresceu dez pontos desde a semana passada e se isolou em segundo lugar na disputa por duas vagas de senador por Pernambuco, passando à frente do senador Marco Maciel (DEM).

Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 21 e 22, Armando Monteiro passou de 32% para 42% das intenções de voto, enquanto Maciel caiu de 34% para 31%.

O líder da disputa é Humberto Costa (PT), que subiu de 47% para 52%.

SENADO PARA O RS

Paulo Paim (PT) cresceu mais quatro pontos desde a semana passada e consolidou a segunda posição na disputa por duas vagas de senador pelo Rio Grande do Sul, deixando o ex-governador Germano Rigotto (PMDB) em terceiro lugar.

Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 21 e 22, Paim passou de 41% para 45% das intenções de voto, enquanto Rigotto caiu de 41% para 38%.

A líder da disputa é Ana Amélia Lemos (PP), que oscilou positivamente dois pontos e voltou a ter 49%.

DATAFOLHA PARA O RS

Tarso Genro (PT) mantém tendência de crescimento e abriu ainda mais sua vantagem em relação ao segundo colocado, José Fogaça (PMDB), consolidando a possibilidade de vitória no primeiro turno, indica pesquisa Datafolha.
Segundo pesquisa feita nos dias 21 e 22, o petista passou de 44% para 46%, enquanto Fogaça caiu de 24% para 23%.
Yeda Crusius (PSDB) recuperou quatro pontos e agora tem 15%, mas continua em terceiro lugar.
Brancos e nulos somam 3%, e 10% dos entrevistados estão indecisos.
Se considerados apenas os votos válidos (brancos e nulos são excluídos), Tarso tem 54%, resultado que lhe garante a vitória no primeiro turno.
A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Foram ouvidos 1.332 eleitores de 53 municípios gaúchos. Contratada pela Folha e pela RBS, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 31.376/2010.

ANÁLISE DAS PESQUISAS POR CESAR MAIA

O ex-prefeito Cesar Maia, que é economista e especialisa em interpretação de pesquisas eleitorais, avisa que a cada dia aumenta a chance de segundo turno nas eleições para presidente, conforme pesquisa desta quinta-feira. LEIA o texto completo:

1. O Datafolha mostrou o que este Ex-Blog vem dizendo desde início de setembro: haverá um afunilamento, e a probabilidade de segundo turno aumentará a cada dia. Como aqui comentado, a mudança de intenção de voto não se dá por impacto no momento da divulgação de um escândalo. Para quem tinha intenção de votar em Dilma e havia informado e até defendido sua candidatura, a mudança se dará quando ele tiver como justificar sem constrangimento. Começou a ocorrer.

2. A cabeça do eleitor aponta para quatro caminhos:


a) voltar a escolher o Serra, como uns 4 meses atrás;
b) optar pela Marina, como era mais provável, numa espécie de voto higiênico;
c) anular o voto, o que tem um efeito de 50% para a ida ao segundo turno em relação a escolher outro candidato;
d) e escolher entre os candidatos com pequena intenção de voto, como protesto, 'tiriricando' o voto, o que dá no mesmo que escolher Serra, para a ida ao segundo turno.

3. A pesquisa Datafolha mostrou Marina chegando a 13%. Lembre-se que quando Dilma subiu, Marina ficou com um dígito. Portanto, é um crescimento proporcionalmente importante. Marina cresceu no Sudeste, onde já tem16%. Cresceu entre as mulheres, onde tem 14%. A pesquisa mostrou Serra parando de cair e subindo um ponto. E os demais pontuando, 1 ponto somados. Normalmente, as pesquisas de opinião não conseguem pegar o voto de quem tem 1% ou pouco menos. Portanto, é provável que este conjunto tenha mais que 1%, talvez 2%.

4. No Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, já está dando segundo turno. A diferença de 49% para 42% é aparentemente de 7 pontos. Mas havendo troca entre candidatos é na verdade de 3,5 pontos: o que perdendo Dilma, ganhariam os demais. Portanto, se Serra crescer 1 ponto, Marina 2 pontos e os demais meio ponto, a situação seria de segundo turno.

5. Para este Ex-Blog -repetindo o que já disse aqui- Dilma não passará dos 45%. Vem aí uma estressante apuração de votos no dia 3.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

EXONERAÇÃO DE RICARDO LIED

Desde esta terça-feira o Sr. Ricardo Lied não é mais chefe de Gabinete de Yeda Crusius. Ele pediu para sair. O interino é Tiago Lorenzon.

NOVA PESQUISA

Está saindo mais uma. A pesquisa que está saindo do forno foi fechada ontem. Não pega o Efeito Erenice - se é que haverá tal efeito.

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma tem 53% e Serra, 23%

A menos de duas semanas das eleições, a candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), abriu 30 pontos de diferença em relação a José Serra (PSDB) no tracking Vox Populi/Band/iG. A ex-ministra da Casa Civil segue com 53% das intenções de voto, de acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira. Já o tucano soma 23%, um ponto a menos que na medição anterior.

Marina Silva, do PV, segue com 9%. O quadro garantiria a eleição da petista logo no primeiro turno.
A diferença entre os dois principais candidatos já foi maior. No dia 6 de setembro, por exemplo, o tracking apontou distância de 35 pontos entre Dilma e Serra. Na última semana, no entanto, após a divulgação de notícias de suspeitas envolvendo o governo federal e a campanha petista, a diferença chegou a 27 pontos. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

A ONDA VERDE

O tracking (pesquisa diária) da campanha presidencial de Marina Silva revela que a candidata do PV está crescendo na classe média, tirando votos de Dilma Rousseff (2/3) e de José Serra (1/3).

Dilma perde voto com as denúncias, e Serra, diante da dúvida de quem seria melhor adversário no segundo turno.

O presidente do PV do Rio, Alfredo Sirkis, diz que a força dessa onda ainda não está quantificada, mas diz que ela precisa extrapolar os setores médios da sociedade e chegar aos mais pobres.

O desempenho de Marina em cidades como o Rio e Brasília anima o PV, que torce para que essa onda se transforme numa tsunami.

E A NOSSA CLASSE POLÍTICA?

Por Isabel Braga, O Globo

Pesquisa Ibope encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) revela a descrença da população na atividade política. Segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira, quando perguntados se concordavam com a afirmação de que o principal beneficiado na política é o próprio político, 73% dos entrevistados disseram que sim.

Já quando questionados se estavam de acordo com a afirmação de que o principal beneficiado é o povo, apenas 30% responderam que sim. A pesquisa mostra também que 85% dos brasileiros são a favor da Lei da Ficha Limpa. A norma veta a candidatura de políticos condenados por um colegiado de juízes.

Segundo o presidente da AMB, Mozart Valadares, o levantamento constata a importância da Lei da Ficha Limpa para sociedade brasileira. Ele acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) também irá considerar a norma constitucional.

Na quarta-feira, o Supremo irá analisar recurso do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo do Distrito Federal que teve o registro cassado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na lei.

-Em vários julgamentos a lei foi considerada constitucional. Não temos outra expectativa a não ser que o Supremo decida no mesmo sentido. Agora, não podemos desconhecer que será uma frustração nacional se a lei desaparecer através de uma decisão judicial. Ninguém terá outro sentimento a não ser de frustração - disse Mozart Valadares.

A pesquisa também indagou eleitores sobre o conhecimento no caso de compra de votos, se votariam em algum candidato que lhes oferecessem algum benefício, além de critérios de escolha de candidatos e a importância da participação da magistratura em ações contra a corrupção eleitoral.

Questionados se votariam em um candidato que oferece benefícios materiais em troca do voto, 85% disseram que não, enquanto 13% falaram que votariam.

Em relação a crimes eleitorais, 54% dos entrevistados afirmaram que não denunciariam crimes eleitorais, outros 41% afirmaram que sim.

A pesquisa foi realizada entre 18 e 21 de agosto. O Ibope entrevistou 2002 pessoas, a partir de 16 anos, em todas regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

TIRIRICA ENREDADO COM MPE-SP

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo denunciou à Justiça, o candidato Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR), que concorre a deputado federal pelo Estado, por falsidade ideológica. A medida foi tomada porque, em entrevista à revista Veja, o humorista disse que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral não possuir nenhum bem, pois teria colocado o seu patrimônio em nome de terceiros, já que responde a processos trabalhistas e movidos por sua ex-mulher. O promotor da 1ª Zona Eleitoral da Capital de São Paulo, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, pediu a quebra de sigilo fiscal e bancário do candidato, e cópias de processos que tramitam contra ele em segredo de Justiça no Ceará, para esclarecer os fatos. Segundo Lopes, se condenado, Tiririca pode pegar cinco anos de prisão e ter o registro de sua candidatura ou o mandato (caso se eleja) cassado. As informações são da Folha

COLUNA DO JORNAL DO POVO

ESCREVI E ASSINO EMBAIXO
Pois é, a coluna continua acertando, para desespero de muitos. O estrago feito pela família de Erenice Guerra, na Casa Civil, atingiu Dilma em cheio. Não sei se o suficiente para levar a eleição para o segundo turno. No entanto, a aura de eficiente gerente, de pessoa atenta a atos de corrupção, esfacelou-se. E bastou se sentir acuada para usar de uma frase muito comum de Lula: “Não sabia de nada”. Ora, mas como uma pessoa tão eficiente e que punha a mão no fogo, pela sua amiga, jamais desconfiou ou percebeu tamanhas falcatruas? Imperdoável. Ao menos deveria saber que sua amiga empregava toda a família nessa “teta” espetacular, chamada estado.

...MAS TAMBÉM FALEMOS DE SERRA
Que o trem não pega. Escândalos também permeiam seus assessores. É o que se ouve falar, frequentemente em SP e se lê em blogs e revistas “independentes”. Apenas não reverbera, porque a grande imprensa apóia-o incondicionalmente. Aliás, Vinicius Severo em artigo publicado no JP de ontem, sintetizou o que todos nós eleitores pensamos: está a cada dia que passa, mais difícil escolher em quem votar. E o que vale lá, vale também aqui.

CHAPA PRONTA
Empresário santa-cruzense com passagem meteórica por Cachoeira do Sul, colocou-se a disposição de Oscar Sartório para ser seu vice nas próximas eleições, que prometeu pensar. A boca pequena comenta-se que aceitará a companhia.

POA
Estando mais tempo em POA percebe-se claramente porque Fogaça não emplaca nas eleições para o governo. Pouco fez. Aliás, por lá se costuma dizer que tem apenas duas obras: Vento Negro e Porto Alegre é demais. Musicais, por óbvio.

A DIREITA VERDE
Nunca pensei que Gabeira se prestaria a um papel desavergonhado de se vender a ao populismo direitista. Mas aconteceu. E espero, sinceramente, que Marina não o faça também, embora as declarações de seu vice em POA, apontem nesse sentido. A onda “verde” que querem inventar nada mais é do que a imolação a Serra.

MÍDIAS E ELEIÇÕES
Há muito tempo atrás dizia-se que um grande jornal ou uma potente rede de TV poderiam eleger alguém. Depois e por muito tempo, os jornalistas acreditavam que a imprensa poderia não eleger, mas aniquilar uma candidatura. Esta eleição está por demonstrar que entramos em uma nova era: a imprensa, por si só, começa a perder seu poder.

AMÉRICA DO SUL
O sonho perseguido por diversas comunidades, o ensino superior, está por se concretizar em Novo Cabrais. Visita do MEC no final de setembro irá autorizar a Faculdade América do Sul a realizar o seu primeiro vestibular.




EMANCIPAÇÕES
Com um governo que não consegue sequer atender as demandas do centro da cidade, o que vocês acham que irá acontecer com seus “distritos” quando eles tentarem se emancipar? Em todo o processo a pró e contras. Eu ainda sou favorável às emancipações.

DESOBEDIÊNCIA CIVIL
A Desobediência Civil é o texto mais conhecido de Henry Thoreau. Escrito em 1848 influenciou profundamente pessoas como Gandhi, Tolstoi e Martin Luther King. É uma forma de protesto a um poder político. Um Direito de Resistência, à luz do Direito. Talvez seja necessário que comecemos a fazer em relação aos impostos e a ineficiência de nossos governos. Já pensaram sobre isso?

BEBIBA LIBERADA
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu que, conforme as eleições de 2008, não haverá Lei Seca no Estado. Os comércios estarão liberados para vender bebidas alcoólicas na véspera e no dia da eleição, que será no dia 3 de outubro. Uma estado que elegerá Tiririca, tem mais é que liberar a bebida.

domingo, 19 de setembro de 2010

TIRIRICA

O palhaço Tiririca (PR), que provoca risos e polêmica desde que suas controversas propagandas foram ao ar na TV, seria, se a eleição fosse hoje, o deputado federal mais votado em todo o país.
Pesquisa Datafolha mostra que ele obteria 3% dos votos em São Paulo, chegando a 900 mil, considerando-se a proporção de 30 milhões de eleitores do Estado.

sábado, 18 de setembro de 2010

O PT BURGUÊS

Chella Safra, mulher do banqueiro Moise Safra, surpreendeu na noite de anteontem ao comparecer a um jantar de apoio a Marta Suplicy (PT-SP), que concorre ao Senado.

Ela não apenas prestigiou a candidata - mas declarou que vota em Dilma Rousseff (PT) para presidente. "Mulher vota em mulher", disse. Chella até gravou depoimento para o site de Marta.

Se no passado o PT liderou greves históricas de bancários contra banqueiros, no presente o partido de Lula tem a adesão explícita dos outrora combatidos patrões.

Além de Moise e Chella, o casal Vicky e Joseph Safra (irmão de Moise e também dono do banco Safra) circulou com desenvoltura pelos salões da casa da psicanalista Eleonora Rosset. Ela e o marido, o empresário Ivo Rosset, da Valisere, eram os anfitriões do encontro no Jardim Europa.

Estavam lá também Olavo Setúbal Jr., do grupo Itaú, Ricardo Steinbruch, do grupo Vicunha, Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, e Jack Terpins, das Lojas Marisa, entre outros.

"Esses apoiadores aqui eu nunca tive antes. [Os Safra] nunca foram em nada meu", dizia Marta Suplicy.

A candidata paulista ao Senado contava a convidados que todos os garçons com quem havia conversado na festa declaravam votar nela. E fez o teste para a coluna. "O senhor é PT?", perguntou a um garçom.

O silêncio, seguido de uma careta, valeu por mil palavras. "Então deixa eu te pedir um voto de confiança." "A senhora é candidata a quê?"

A filósofa Marilena Chaui, petista histórica, deu o toque intelectual à noite. Mas entrou muda e saiu quase calada. "Eu não falo com a mídia."

POVO NÃO ESTÁ NEM AÍ

"Quem soube desse novo escândalo na Casa Civil?" perguntou José Serra em comício para cerca de mil pessoas em Itabaiana, Sergipe. Poucos levantaram a mão.

MAIS PODRIDÃO NA CASA CIVIL

Por Diego Escosteguy e Otávio Cabral, na VEJA

Numa manhã de julho do ano passado, o jovem advogado Vinícius de Oliveira Castro chegou à Presidência da República para mais um dia de trabalho. Entrou em sua sala, onde despachava a poucos metros do gabinete da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de sua principal assessora, Erenice Guerra Vinícius se sentou, acomodou sua pasta preta em cima da mesa e abriu a gaveta.

O advogado tomou um susto: havia ali um envelope pardo. Dentro, 200 mil reais em dinheiro vivo – um “presentinho” da turma responsável pela usina de corrupção que operava no coração do governo Lula.

Vinícius, que flanava na Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, começara a dar expediente na Casa Civil semanas antes, apadrinhado por Erenice Guerra e o filho-lobista dela, Israel Guerra, de quem logo virou compadre.

Apavorado com o pacotaço de propina, o assessor neófito, coitado, resolveu interpelar um colega: “Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?”. O colega tratou de tranquilizá-lo: “É a ‘PP’ do Tamiflu, é a sua cota. Chegou para todo mundo”.

PP, no caso, era um recado – falado em português, mas dito em cifrão. Trata-se da sigla para os pagamentos oficiais do governo. Consta de qualquer despacho público envolvendo contratos ou ordens bancárias. Adaptada ao linguajar da cleptocracia, significa propina. Tamiflu, por sua vez, é o nome do remédio usado para tratar pacientes com a gripe H1N1, conhecida popularmente como gripe suína.

Dias antes, em 23 de junho, o governo, diante da ameaça de uma pandemia, acabara de fechar uma compra emergencial desse medicamento – um contrato de 34,7 milhões de reais. A “PP” entregue ao assessor referia-se à comissão obtida pela turma da Casa Civil ao azeitar o negócio Segundo o assessor, o governo comprara mais Tamiflu do que o necessário, de modo a obter uma generosa comissão pelo negócio.

Até a semana passada, Vinícius era assessor da Casa Civil e sócio de Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, ex-ministra da pasta, numa empresa que intermediava contratos com o governo usando a influência da petista. Naturalmente, cobravam comissão pelos serviços.

Depois que VEJA revelou a existência do esquema em sua última edição, Vinícius e outro funcionário do Planalto, Stevan Knezevic, pediram demissão, a ministra Erenice caiu – e o governo adernou na mais grave crise política desde o escândalo do mensalão, e que ronda perigosamente a campanha presidencial da petista Dilma Rousseff.

Lançado ao centro do turbilhão de denúncias que varre a Casa Civil, Vinícius Castro confidenciou o episódio da propina a pelo menos duas pessoas: seu tio e à época diretor de Operações dos Correios, Marco Antonio de Oliveira, e a um amigo que trabalhava no governo. Ambos, em depoimentos gravados, confirmaram a VEJA o teor da confissão.

Antes de cair em desgraça, o assessor palaciano procurou o tio e admitiu estar intrigado com a incrível despreocupação demonstrada pela família Guerra no trato do balcão de negócios instalado na Casa Civil. Disse o assessor: “Foi um dinheiro para o Palácio. Lá tem muito negócio, é uma coisa. Me ofereceram 200 000 por causa do Tamiflu”.

Vinícius explicou ao tio que não precisou fazer nada para receber a PP. “Era o ‘cala-boca". O assessor disse ainda ao tio que outros três funcionários da Casa Civil receberam os tais pacotes com 200 000 reais; porém não declinou os nomes nem a identidade de quem distribuiu a propina. Diz o ex-diretor dos Correios: “Ele ficou espantado com aquela coisa. Eu avisei que, se continuasse desse jeito, ele iria sair algemado do Palácio”.

O cândido ex-assessor tem razão: dinheiro sujo dentro de um gabinete da Presidência da República é um fato espantoso. Nos últimos anos, sobretudo desde que o presidente Lula relativizou os crimes cometidos durante o mensalão, sempre que se apresenta um caso de corrupção à opinião pública surgem três certezas no imaginário popular.

* Primeiro, nunca se viu um escândalo tão escabroso

* Ninguém será punido

* O escândalo que vier a sucedê-lo reforçará as duas certezas anteriores.

A anestesiada sociedade brasileira já soube de dinheiro na cueca, dinheiro na meia, dinheiro na bolsa, dinheiro em caixa de uísque, dinheiro prometido por padre ligado a guerrilheiros colombianos. Mas nada se compara em ousadia ao que se passava na Casa Civil. Ficará consolidado no inverno moral da era Lula se, mais uma vez, esses eventos forem varridos para debaixo do tapete.

Já se soube de malfeitorias produzidas na Presidência, mas talvez nunca de um modo tão organizado e sistemático como agora – e, ao mesmo tempo, tão bisonhamente rudimentar, com contratos, taxas de sucesso e depósitos de propina em conta bancária.

Por fim, o que pode ser mais escabroso do que um grupo de funcionários públicos, ao que tudo indica com a participação de um ministro da Casa Civil, cobrar pedágio em negócios do governo? O mais assustador, convenha-se, é repartir o butim ali mesmo, nas nobres dependências da cúpula do Poder Executivo, perto do presidente da República e ao lado da então ministra e hoje candidata petista Dilma Rousseff.

Na semana passada, quando o caso veio a público, a candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, tentou se afastar o quanto pôde do escândalo. Apesar de o esquema ter começado quando Dilma era ministra e Erenice sua escudeira, a candidata disse que não poderia ser responsabilizada por “algo que o filho de uma ex-assessora fez”. Dilma candidata não tinha mesmo outra alternativa. As eleições estão aí e o assunto em questão é por demais explosivo.

Erenice Guerra ganhou vida em razão do oxigênio que Dilma lhe forneceu durante sete anos de governo. Erenice trabalhou com a candidata quando esta comandava a pasta de Minas e Energia e na Casa Civil transformou-se na assessora-mor da petista, assumindo o cargo de secretária-executiva. É possível que em todos esses anos de intenso trabalho conjunto Dilma não tenha percebido o que se passava ao seu redor. É possível que Dilma seja uma péssima leitora de caráter. Mas, em algum momento, ela vai ter que enfrentar publicamente esse enorme contencioso passado.

Obedecendo à consagrada estratégia política estabelecida pelo PT, Dilma não só tentou se distanciar do caso como buscou desqualificar os fatos apresentados por VEJA. “É um factoide”, afirmou a candidata, dois dias antes de Erenice ser demitida pelo presidente Lula. (O governo divulgou que a ministra pediu demissão, o que é parolagem.)

A chefe da numerosa família Guerra caiu na manhã da última quinta-feira, vítima dos vícios da sua turma. Além dos fatos apontados por VEJA, veio a público o atávico hábito da ex-ministra em empregar parentes no governo, que, desde já, dá um novo significado ao programa Bolsa Família. Também se descobriram contratos feitos sem licitação favorecendo parentes da ministra.

Em um dos episódios, o filhote de Erenice cobrou propina até de um corredor de Motocross, que descolara um patrocínio de 200 000 reais com a Eletrobrás, estatal sob a influência de Erenice. Taxa de sucesso paga: 40 000 reais. “Israel chamava a Dilma de tia”, contou o motoqueiro Luís Corsini, o desportista que pagou a taxa de sucesso.

Antes de capitular aos irretorquíveis fatos apresentados por VEJA, o governo fez de tudo para desqualificar o empresário Fábio Baracat, uma das fontes dos jornalistas na revelação do esquema de arrecadação de propina na Casa Civil. Baracat, um empresário do setor aéreo, narrara, em conversas gravadas, as minúcias de suas tratativas com a família Guerra, que tinham por objetivo facilitar a obtenção de contratos da empresa MTA nos Correios.

No sábado, depois de, como disse, sofrer “fortes pressões”, Baracat divulgou uma nota confusa, na qual “rechaçava oficialmente informações" da reportagem, mas, em seguida, confirmava os fatos relatados. Com medo de retaliações por parte do governo, o empresário refugiou-se no interior de São Paulo. Ele aceitou voltar à capital paulista na última quinta-feira, para mais uma entrevista. Disse ele na semana passada: “Temo pela minha vida. Vou passar um tempo fora do país”. O empresário aceitou ser fotografado e corroborou, diante de um gravador, as informações antes prestadas à revista.

Baracat não quis explicar de onde partiram as pressões que sofreu, mas, em uma hora e meia de entrevista gravada, ratificou integralmente o conteúdo da reportagem. O empresário confirmou que, levado por Israel e Vinícius, encontrou-se várias vezes com Erenice Guerra, quando ela era secretária-executiva e, por fim, quando a petista virou ministra.

As primeiras conversas, narra Baracat, serviram para consolidar a convicção de que Israel não vendia falsamente a influência da mãe. Na última conversa que eles tiveram, em abril deste ano, o tom mudou. Israel cobrava dinheiro do empresário por um problema resolvido para ele na Infraero.

Diz Baracat: “Ele dizia que havia pagado na Infraero para resolver”. Na reunião, disse Erenice, de acordo com o relato do empresário: “’Olha, você sabe que a gente está aqui na política, e a gente tem que cumprir compromissos’. (...) Ficou subentendido (que se tratava da propina). (Ela) foi sempre genérica (nesse sentido). (...) Ela disse: ‘A gente é político, não pode deixar de ter alguns parceiros’”. Baracat diz que não sabe o que a família Guerra fez com o dinheiro.

O misterioso caso da comissão do Tamiflu também merece atenção das investigações iniciadas pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República. O Ministério da Saúde, que já gastou 400 milhões de reais com a aquisição do remédio desde o ano passado, afirma que não houve qualquer ingerência da Casa Civil – e que a quantidade de Tamiflu comprada foi definida somente por critérios técnicos.

A seguir, mais uma história edificante

Em outros episódios, a participação da Casa Civil aparece de forma mais clara. VEJA apurou mais um caso no qual o poder da Casa Civil dentro do governo misturou-se aos interesses comerciais da ex-ministra, resultando numa negociata de 100 milhões de reais. Desta vez, o lobista central da traficância não é o filho, mas o atual marido de Erenice Guerra, o engenheiro elétrico José Roberto Camargo Campos.

Com a ministra Dilma Rousseff na Casa Civil e a esposa Erenice Guerra como seu braço direito, Camargo convenceu dois amigos donos de uma minúscula empresa de comunicações a disputar o milionário mercado da telefonia móvel. Negócio arriscado, que exige muito capital e experiência num ramo cobiçado e disputado por multinacionais. Isso não era problema para Camargo e seus sócios. Eles não tinham dinheiro nem experiência, mas sim o que efetivamente importa em negócios com o governo: os contatos certos – e poderosos.

Em 2005, a empresa Unicel, tendo Camargo como diretor comercial, conseguiu uma concessão da Anatel para operar telefonia celular em São Paulo. Por decisão pessoal do então presidente da agência, Elifas Gurgel, a empresa do marido ganhou o direto de entrar no mercado. De tão exótica, a decisão foi contestada pelos setores técnicos da Anatel, que alegaram que a empresa sequer havia apresentado garantias sobre sua capacidade técnica e financeira para tocar o negócio.

O recurso levou dois anos para ser julgado pela Anatel. Nesse período, Erenice e seu marido conversaram pessoalmente com o presidente da agência, conselheiros e técnicos, defendendo a legalidade da operação. “A Erenice fazia pressão para que os técnicos revissem seus parecereres e os conselheiros mudassem seu voto”, conta um dos membros do conselho, também alvo da pressão da ex-ministra.

A pressão deu certo. O técnico que questionou a legalidade da concessão, Jarbas Valente, voltou atrás e mudou seu parecer, admitindo os “argumentos” da Casa Civil. Logo depois, Valente foi promovido a conselheiro da Anatel. Um segundo conselheiro, Pedro Jaime Ziller, também referendou a concessão a Unicel. Não se entende bem a relação entre uma coisa e a outra, mas dois assessores de Ziller, logo depois, trocaram a Anatel por cargos bem remunerados na Unicel.

Talvez tenham sido seduzidos pelos altos salários pagos pela empresa, algo em torno de 30 000 reais – muito, mas muito mais do que se paga no serviço público. O presidente Elifas foi pressionado diretamente pelo Ministro das Comunicações, mas nem precisava: ele foi colega de Exéricito de um dos sócios da Unicel. Tudo certo? Não. Havia ainda um problema a ser sanado.

A legislação obriga as concessionárias a pagar 10% do valor do contrato como entrada para sacramentar o negócio. A concessão foi fixada em 93 milhões de reais. A empresa, portanto, deveria pagar 9,3 milhões de reais. A Unicel não tinha dinheiro.

Novamente com Erenice à frente, a Unicel conseguiu uma façanha. O conselho da Anatel acatou o pedido para que o sinal fosse reduzido para 1% do valor do negócio, ou seja, pouco mais de 900 000 reais. A insólita decisão foi contestada pelo Ministério Público e, há duas semanas, considerada ilegal pela Justiça.

Com a ajuda estatal, a empresa anunciou o início da operação em outubro de 2008, com o nome fantasia de AEIOU, prometendo tarifas mais baixas para atrair o público jovem, com o compromisso de chegar a um milhão de clientes em dois anos. Como foi previsto pelos técnicos, nada disso aconteceu.

Hoje, a empresa tem 20 000 assinantes, sua única loja foi fechada por falta de pagamento de aluguel e responde a mais de 30 processos por dívidas, que ultrapassam 20 milhões de reais. Mau negócio? Apesar da aparência, não. A grande tacada ainda está por vir.

O alvo do marido de Erenice é o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – uma invenção que vai consumir 14 bilhões de reais para universalizar o acesso a internet no Brasil. O grupo trabalha para “convencer” o governo a considerar que a concessão da Unicel é de utilidade pública para o projeto. Com isso, espera receber uma indenização. Valor calculado por técnicos do setor: se tudo der certo, a empresa sairá com 100 milhões de reais no bolso, limpinhos.

Dinheiro dos brasileiros honestos que trabalham e pagam impostos.

A participação da Casa Civil no episódio ultrapassa a intolerável fronteira das facilidades e da pressão política. Aqui, aparecem diretamente as promíscuas relações entre os negócios da família Guerra e os funcionários que, dentro da Presidência da República, deveriam zelar pelo bem público.

A Unicel contou, em especial, com os favores de Gabriel Boavista Lainder, assessor da Presidência da República e dirigente do Comitê Gestor dos Programas de Inclusão Digital, que comanda o PNBL. Antes de ocupar o cargo, Gabriel trabalhou por oito anos com os donos da Unicel. Mas isso é, como de costume, apenas uma coincidência – como também é coincidência o fato de ele ter sido indicado ao cargo pelo marido de Erenice.

“O marido da Erenice é um cara que admirava meu trabalho. Ela me disse que precisava de alguém para coordenar o PNBL”, diz Laender. E completa: “O PNBL não contempla o uso da faixa da Unicel, mas ela pode operar a banda larga do governo se fizer adaptações técnicas” É um escárnio.

Camargo indicou o homem que pode resolver os problemas de sua empresa. Procurado, o marido de Erenice não quis se pronunciar. Na Junta Comercial, o nome de Camargo aparece como sócio de uma empresa de mineração, que funciona em modesto escritório em Brasília. Um probleminha que pode chamar a atenção dos investigadores: a Unicel está registrada no mesmo endereço, que também era usado para receber empresários interessados em negócios com o governo. Certamente mais uma coincidência.

Com reportagem de Rodrigo Rangel, Daniel Pereira, Gustavo Ribeiro e Fernando Mello

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CAIU ERENICE GUERRA

O presidente Lula decidiu demitir a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, depois da sequência de denúncias que a envolvem em casos de tráfico de influência, juntamente com seu filho lobista, Israel Guerra.
Míriam Melchior, coordenadora-geral do Programa de Aceleração do Crescimento, sucederá Erenice Guerra no comando da Casa Civil da presidência da República. A nova ministra foi casada com Celso Daniel, prefeito de Santo André pelo PT, assassinado em 2002.

TRACKING VOX/BAND/IG

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, oscilou negativamente 1 ponto percentual no tracking Vox Populi/Band/iG desta quarta-feira (15) e registrou 52% das intenções de voto. Se as eleições fossem hoje, Dilma vencedira no primeiro turno. Seu principal rival, o presidenciável do PSDB, José Serra, manteve os 22% registrados ontem. A candidata do PV, Marina Silva, cresceu 1 ponto percentual e ficou com 9%. Brancos e nulos somam 5% e indecisos, 12%.

PESQUISA IG/VOX POPULI

A segunda medição do tracking Vox Populi/Band/iG sobre a eleição presidencial deste ano mostra estabilidade da disputa para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assim como nos dados divulgados ontem, a presidenciável petista Dilma Rousseff aparece com 51% das intenções de voto, contra 25% de seu principal adversário, o tucano José Serra.
A senadora Marina Silva (PV), terceira colocada, aparece em seguida com 9%. Brancos e nulos somaram 4%, enquanto os indecisos ficaram em 11%.

PESQUISA CORREIO DO POVO PARA O SENADO

- Ana Amélia, 51,8%
- Paulo Paim, 47,7%
- Rigotto, 40,9%
- Abigail (PCdoB, companheira de chapa de Paim) 7,8%

terça-feira, 14 de setembro de 2010

INVASÃO DE COMPETÊNCIA?

Talvez esteja na hora do Ministério público refletir um pouco mais sobre as ações que produz. Podem prejudicar substancialmente a sua imagem e criar um clima de desordem institucional. O caso envolvendo a CASA MILITAR, em que pese a ordem judicial, é um belo exemplo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Tracking Vox Populi/Band/iG

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, oscilou um ponto percentual no tracking Vox Populi/Band/iG desta segunda-feira (13) e passou de 53% para 54% das intenções de voto. Já o tucano José Serra foi de 23% para 22% na preferência do eleitorado.
A presidenciável Marina Silva (PV) caiu um ponto e foi de 9% para 8%. Os outros candidatos somaram 1%, mesmo número da última pesquisa. Brancos e nulos passaram de 5% para 4%, enquanto o número de indecisos oscilou de 10% para 11%.
Na pesquisa espontânea, Dilma aparece 27 pontos percentuais à frente do tucano, com 44% das intenções de voto, enquanto Serra tem 17%.
A oscilação dos candidatos na pesquisa de hoje está dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas. A amostra consolidada com 2000 entrevistas, portanto, só é totalmente renovada após quatro dias. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.

NOTÍCIA REQUENTADA

A “denúncia” da revista Veja só tem de novo a notícia da participação do filho da ministra Erenice Guerra em uma contratação sobre a qual os próprios Correios já tinha dado esclarecimentos no dia 2 de setembro, portanto uma semana antes da matéria da veja sair, respondendo a acusações do Estadão. A empresa MTA, da qual faria parte o Sr. Fabio Baracat, já que a outra empresa denunciada, a Vianet Express, prova com documentos que ele não pertence a seus quadros, ganhou uma licitação realizada em pregão eletrônico -os Correios sustentam, em nota, hoje, que não há nenhuma contratação por dispensa de licitação.
Vamos ver o que diz a matéria da Veja, publicada na noite de sexta-feira, dia 10 de setembro:
“Em abril do ano passado, o paulistano Fábio Baracat, dono da ViaNet Express, empresa de transporte de carga aérea e então sócio da MTA Linhas Aéreas, queria ampliar a participação de suas empresas nos Correios. A idéia era mudar as regras da estatal, de modo que os aviões contratados por ela para transportar material também pudessem levar cargas de outros clientes. Isso elevaria o lucro dos empresários.
Baracat também desejava obter mais contratos com os Correios. Ele chegou ao nome do filho de Erenice por indicação de um diretor dos próprios Correios. Diz Baracat: “Fui informado de que para conseguir os negócios que eu queria era preciso conversar com Israel Guerra e seus sócios”. O empresário encontrou-se com o filho da então secretária executiva de Dilma e o assessor Vinícius Castro. Explicou a eles o que queria – e ouviu a garantia de que poderiam entregar ali se encomendava.”
Ocorre que os Correios, no dia 2 de setembro, respondendo a editorial do Estadão que criticava a empresa, havia emitido nota oficial onde informava que a tal empresa MTA, vencedora da licitação, havia sido desclassificada por irregularidades na documentação. E que estava operando o contrato por decisão judicial, concedida pelo Tribunal regional federal de brasília , da qual os Correios estavam recorrendo, para cassa-la.
Há, portanto, algo muito estranho nisso. Uma empresa que se valia de lobby tão alto é desclassificada, ganha na Justiça o contrato e os Correios ainda recorrem para tirá-la do contrato? Que lobby seria esse, o que faz perder contratos ganhos em pregão eletrônico?

DILMA FAZ MAIS VOTOS ENTRE OS INDECISOS

Os organizadores do debate presidencial da noite passada reuniram um grupo de 25 eleitores "indecisos" para analisar o desempenho dos candidatos.
Dá-se a esse tipo de procedimento o nome de “pesquisa qualitativa”. A opinião dos participantes foi medida por meio de um “índice de gostabilidade”.
Varia numa escala que vai até cem. Quanto mais alta a nota, maior a aprovação ao trecho do debate sob avaliação.Ao final, recolheram-se as opiniões sobre o desempenho de cada candidato e a tendência de voto dos pesquisados.
Dos 25 eleitores, dez acharam que Marina Silva foi quem se saiu melhor no debate. Para nove, Dilma venceu. Apenas dois acharam que Serra prevaleceu.
Quanto a Plínio de Arruda Sampaio, embora tenha registrado os maiores picos no “índice de gostabilidade”, 13 pessoas o avaliaram como o pior contendor.
No pedaço da pesquisa que mais importa, Dilma extraiu do grupo mais dividendos que seus rivais.
No início da refrega, apenas quatro pessoas pendiam para o voto na pupila de Lula. Ao final, dez disseram que votarão nela.

COLUNA DE SEGUNDA FEIRA NO JORNAL DO POVO

ESCREVI E ASSINO EMBAIXO
Semana passada, escrevi que Dilma deveria se cuidar porque não ficaria barato sua posição nas pesquisas. Pois bem. Nesse final de semana, estourou reportagem na Veja sobre “negócios” sendo realizados pelo filho do Chefe da Casa Civil, que assumiu o lugar da candidata. Aqui não há nenhuma necessidade de vangloriar-se com previsões. Estamos na reta final de campanha e a ordem é fazer com que todos os ditos “escândalos” estourem de uma vez. Esse não será o segundo e nem o último. O vazamento das informações junto a Receita, não colou. Ou melhor. Transferiu votos para Marina. E nesse, o que acontecerá? O certo é que faltam apenas três semanas e Serra definha dia após dia. Reverterá o quadro?

DITADURA DOS ALUNOS
O caso da professora do Diva, que sequer conheço, assim como a razão que levou os alunos a protestar, remonta a encruzilhada da nossa educação. Na verdade formamos a cada dia que passa analfabetos funcionais que acreditam ser a democracia uma instância em que o voto pode e deve resolver todos os conflitos, esquecendo-se da mediação e dos direitos das minorias.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Fico injuriado quando ouço pessoas que se negam a entender a importância da preservação de nossa história. Geralmente costumam dizer que “... quem gosta de coisa velha é asilo”. Preconceito duplo. Como fazermos isso? Professora Ione, é simples: o executivo que crie de uma vez uma fundação destinada para tal fim. Depois, mãos á obra. E contem comigo.

AFROS
Sinceramente acho que o executivo agiu temerariamente e prejudicou sensivelmente a vida de muitas pessoas. Foi na pilha, como se diz. E ao que parece, apenas lavou as mãos e entregou tudo a justiça. Errou feio.

DICA CULTURAL
Após esgotar a primeira tiragem de 100 000 exemplares de 1822, de Laurentino Gomes, a editora Nova Fronteira providenciou esta semana uma segunda impressão da mesma quantidade. A expectativa é que ultrapasse o sucesso de 1808, livro do mesmo autor que alcançou mais de 500 000 cópias vendidas desde 2007. Imperdível, se quiser entender um pouco de nossa história.

SENADO
Lembram quando divulguei em primeira mão que Ana Amélia se filiara ao PP para disputar ao Senado? Pois é, muitos não acreditaram. E depois, disseram que ela estava louca. No mínimo, já deu um susto em todos. Mais uma: é candidatíssima a prefeita em POA, se não se eleger.






ELISEU PADILHA
Será o grande vencedor da eleição. Se Fogaça ganhar a eleição, só terá vencido em razão de sua ajuda. Se Fogaça perder, providenciará um funeral majestoso para ele e Pedro Simon, tornando-se o novo líder do partido com a benção de Michel Temer.

POR QUE TARSO ESTÁ NA FRENTE?
Simples de se explicar. A direita gaúcha esgotou seu modelo. O governo de Fogaça em POA foi pífio. Yeda, jamais conseguiu divulgar as suas realizações sem contrariar as corporações. Mas o diferencial maior é que o PT, enfim, entrou unido na eleição.

INTERNAUTAS
A influência, daquela imprensa que almeja o poder, caiu assustadoramente. É por isso que muitos dos ditos “escândalos”, não abalam mais ninguém. Mas por que isso? Hoje o Brasil possui 68 milhões de internautas e as notícias há muito tempo deixaram de ser uma exclusividade dos jornais impressos, das revistas, das rádios e muito menos da televisão. Os blogs e as redes sociais são importantes fontes de informação. E as grandes redes, quando tentam manipular, ganham como prêmio, o descrédito. Essa é a verdadeira liberdade de informação.

domingo, 12 de setembro de 2010

REPORTAGEM DA VEJA SOBRE ESQUEMA NA CASA CIVIL

Reportagem a revista Veja desta semana demonstra que, com anuência e apoio da ministra Erenice Guerra, braço direito e substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil da Presidência da República, seu filho, Israel Guerra, virou lobista em Brasília, intermediando contratos milionários entre empresários e órgãos do governo mediante o pagamento de "taxa de sucesso" a sua empresa Capital Assessoria e Consultoria. Erenice distribuiu nota dizendo-se "ofendida e ultrajada", Dilma diz que a denúncia objetiva prejudicar sua candidatura.

Filho levou empresário a Erenice - Fábio Baracat, empresário do setor de transportes que, no segundo semestre do ano passado, buscava ampliar a participação de suas empresas nos serviços dos Correios, revelou à revista que foi aconselhado a procurar o filho da ministra, que em seguida o levou para um encontro com sua mãe, quando Dilma Rousseff ainda era a titular da Casa Civil e Erenice, seu braço direito. “Fui informado de que, para conseguir os negócios que eu queria, era preciso conversar com Israel Guerra e seus sócios” - contou Baracat - "Depois que eles me apresentaram a Erenice, senti que não estavam blefando".

Repórter gravou tudo e avisa: vem mais por aí - O empresário Fabio Baracat, que estaria em Paris, hoje divulgou nota assinada e datada em São Paulo, desmentindo que tenha feito a denúncia, mas o autor da reportagem, Diego Escosteguy, revelou em seu twitter que tem tudo gravado e que se necessário for a revista vai divulgar o áudio em seu site. Ele tem recebido muitos elogios e também críticas de blogs vinculados ao governo e ao PT. "Aos xingamentos histéricos", escreveu Escosteguy em seu microblog, "respondo com a reportagem que está nas bancas e com as que virão". Baracat contou ainda à revista que precisou se livrar de caneta, relógio, celular, qualquer aparelho que pudesse embutir um gravador, antes da reunião com Erenice. O empresário contratou os préstimos da Capital Assessoria e Consultoria, e passou a pagar 25 000 reais mensais, sempre em dinheiro vivo, para que Israel fizesse avançar seus interesses em órgãos do estado. Se os negócios de Baracat se ampliassem, seria paga uma "taxa de sucesso" de 6%. Houve outras reuniões com Erenice, inclusive depois que ela virou ministra. O lobby de Israel Guerra, o empresário obteve contratos no valor de R$ 84 milhões com os Correios.

Diretor dos Correios confirma à 'Folha' - O diretor de Operações dos Correios, Artur Rodrigues da Silva, e o empresário Fabio Baracat, apontaram o filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, como intermediador entre uma empresa e o governo Lula. É o que informa o jornal Folha de S. Paulo em seu site.

Personagens do esquema na Casa Civil - Segundo a reportagem, o esquema no alto escalão do governo inclui Vinicius Castro, funcionário da Casa Civil, e Stevan Knezevic, servidor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) hoje lotado na Presidência da República. Eles são parceiros do filho da ministra, Israel Guerra. "Como a Capital tem sede na casa do proprio Israel, o trio recorre a um escritório de advocacia em Brasília para despachar com os clientes. Ali trabalha gente importante. Um dos advogados é Marcio Silva, coordenador em Brasília da banca que cuida dos assuntos jurídicos da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Outro é Antônio Alves Carvalho, irmão de Erenice Guerra.", informa Veja

sábado, 11 de setembro de 2010

SERRA ESTÁ APAVORADO

Depois de iniciar a campanha, emplumado, Serra ao despencar nas pesquiss, partiu para o ataque, como um falcão republicano. Ms parece que não deu resultado. Caiu mais um ponto nas pesquisas. Por isso, o seu pavor...

MAIS UM ESCÂNDALO ENVOLVENDO O PT

Reportagem publicada pela revista Veja desta semana revela que o filho de Erenice, Israel Guerra, que até pouco tempo atrás perambulava pela Esplanada em cargos comissionados de menor importância, tornou-se, à sombra da mãe-ministra, um próspero consultor de negócios, eufemismo de lobista.

No novo figurino, segundo a reportagem, Israel operou, pelo menos, a concessão de um contrato de R$ 84 milhões para um empresário do setor aéreo com negócios com os Correios. Chamada de "taxa de sucesso", a propina foi estimada em R$ 5 milhões e teria servido em parte para "saldar compromissos políticos".

Em abril do ano passado, o empresário paulistano Fábio Baracat, dono da Via Net Express, empresa de transporte de carga aérea e então sócio da MTA Linhas Aéreas, queria ampliar a participação de suas empresas nos Correios.

O objetivo era mudar as regras da estatal, de modo que os aviões contratados por ela para transportar material também pudessem levar cargas de outros clientes, arranjo que multiplicaria os lucros de Baracat e sócios.

Para obter sucesso em suas pretensões, o empresário foi orientado pelo "bas-monde" negocial de Brasília a procurar a Capital Assessoria e Consultoria, uma pequena firma em tamanho, cuja sede é uma casa numa cidade satélite de Brasília, mas grande em contatos.

No papel, são sócios da Capital Saulo Guerra, outro filho da ministra, e Sônia Castro, mãe de Vinícius Castro, assessor jurídico da Casa Civil. São dois laranjas. Sônia Castro é uma senhora de 59 anos que reside no interior de Minas Gerais e vende queijo.

Estabelecido o canal, o empresário encontrou-se com Israel e o Vinícius Castro, um subordinado de Erenice. Nesse contato, obteve a certeza que o negócio sairia. "Bastava pagar", relatou o empresário à revista. Nos acertos seguintes, Israel mostrou que o sucesso empresarial estava em seu DNA: "Minha mãe resolve", teria dito Israel, segundo o empresário.

"Impressionou-me a forma como eles cobravam dinheiro o tempo inteiro. Estavam com pressa para que eu fechasse um contrato", emendou, de acordo com depoimento prestado à Veja.

Prometido o dinheiro, feitos os contatos prévios, as "cláusulas", o contrato chegou à sua fase final, a assinatura simbólica da negociata: o ok de Erenice. "Está na hora de você conhecer a doutora", disse Israel a Baracat.

Os sócios de fato da Capita levaram então o empresário para o apartamento funcional onde Erenice morou até março deste ano, antes de mudar-se para a Península dos Ministros. Na ocasião, entre conversas amenas, Erenice foi amável e abriu um vinho. O negócio estava fechado.

Por e-mail dirigido à Veja, Israel admitiu à revista ter feito o "embasamento legal" para a renovação da licença da MTA na Anac, em dezembro. Israel também admitiu ter apresentado o empresário Fábio Baracat à mãe-ministra, mas apenas "na condição de amigo". A ministra também reconheceu a existência do encontro, por meio de sua assessoria.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

BOMBA POLÍTICA

Do site de Cláudio Humberto:

O escândalo da CEEE, antiga estatal de energia do Rio Grande do Sul, sai do limbo para assombrar a campanha do ex-governador Germano Rigotto (PMDB) ao Senado: a juíza Fabiane Zilles, da 2ª Vara da Fazenda Pública, deu por “concluso” o processo do desvio de R$ 840 milhões pela quadrilha que seria chefiada por Lindomar Rigotto, que foi indicado diretor financeiro da empresa pelo irmão Germano, então líder do governo de Pedro Simon. É a maior fraude na História gaúcha.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

FABIO KOFF

O ex-presidente gremista Fabio Koff desisitiu de concorrer a presidência do Grêmio. Oposição ganhará de "lavagem" as eleições do dia 11 de setembro.

NELSON JOBIM

Se Dilma vencer as eleições, o Presidente Lula pretende emplacar Nelson Jobim como presidente nacional do PMDB.

SIMON SE ACORDOU

O senador Pedro Simon, presidente do PMDB, anunciou nesta terça-feira seu apoio formal à candidatura da ex-ministra Dilma Roussef. Numa entrevista ao repórter Paulo Germano, do jornal ZeroHora, disse o senador gaúcho:
- O melhor para todos é Dilma como presidente e Fogaça como governador do Rio Grande do Sul.
. O senador Pedro Simon deu a entender que Fogaça é até melhor candidato para Dilma do que o próprio Tarso:
- O Tarso nem representa o PT, porque ele representa uma ala do PT, que nem é a ala da Dilma e todo mundo sabe disto.

MINAS GERAIS

Não obstante a esperada aparição de Lula amanhã ao lado de Hélio Costa (PMDB), o comando da campanha de José Serra (PSDB) se convenceu de que Minas assiste a uma "cristianização cruzada": o presidente cumpre tabela em relação ao aliado local, que perde terreno para Antonio Anastasia (PSDB), cujo padrinho, Aécio Neves, tampouco se empenha por Serra.

A percepção do QG serrista foi consolidada pela notícia, vinda do entorno de Aécio, de que ele e Lula tiveram longa e recente conversa por telefone.

Na avaliação de aliados do candidato presidencial tucano, a contínua expansão do voto "Dilmasia" vale mais para o Planalto que a eleição de Costa.

A campanha de Serra já pediu mais de uma vez aos tucanos de Minas que o incluam na propaganda de TV de Anastasia. Um dos apelos foi feito pelo próprio Serra, sem resultado.

Ao defender a aproximação do PSDB com o PSB e o PDT em 2011, Aécio teria, na interpretação de petistas, sinalizado a intenção de se integrar ao projeto lulista para 2014.

Disso resultaria a relativa indiferença do presidente para com as aflições de Hélio Costa.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O ARAPONGA DO PIRATINI

DO BLOG DA ROSANE DE OLIVEIRA

Nada me chocou mais na entrevista do promotor Amílcar Macedo ao Gaúcha Atualidade do que saber que com a senha do sargento preso na sexta-feira foram acessados dados de crianças, filhos de deputados, de juízes e sabe-se lá de quem mais.

Mais do que dados, porque criança não tem prontuário no Detran nem antecedentes criminais, os arapongas entraram no sistema de identificação para ver fotografias. Isso é assustador.

Que interesse um sargento lotado na Casa Militar poderia ter em fotos de filhos de supostos alvos? Essa pergunta eu espero que a investigação responda.

Na entrevista, o promotor revelou uma lista de nomes que tiveram os dados bisbilhotados. Uns são desafetos do governo. Outros, aliados.

Macedo explicou que o sargento tinha uma senha Master, que permite não apenas o acesso aos dados, como identificar quem entrou nas informações de determinada pessoa. Poderia, portanto, acompanhar se alguém estava sendo investigado pelo Ministério Público ou pela polícia. Teria sido assim que ele conseguiu abortar investigações contra contraventores de quem recebia propina.

A lista é longa e ainda não está completa. O promotor segue trabalhando na identificação das pessoas que tiveram seus dados vasculhados. Vou reproduzir abaixo, em ordem alfabética, os nomes que ele citou, incluindo a observação “a confirmar”, usada para dois casos:

- Adão Paiani - Ex-ouvidor da Secretaria da Segurança

- Ana Claudia Mazzali - capitã da Brigada

- Coronel Bondan - Brigada Militar

- Coronel Quevedo - Brigada Militar

- Chefes dos Serviço de Inteligência do CPM e do V COMAR

- Claudio Manfroi - ex-presidente do PTB

- Edilson Paim - delegado de polícia

- Eliseu Santos - ex-secretário da Saúde (acesso feito depois do assassinato)

- Flávio Conrado - delegado de polícia

- Flavio Koutzii - ex-deputado do PT

- Heliomar Franco - delegado de polícia

- Jefferson de Barros Jacques - major da Brigada

- Lair Ferst - pivô do escândalo do Detran

- Luis Augusto Lara - deputado estadual do PTB

- Luis Carlos Busato - deputado federal do PTB

- Marco Aurélio Weisshmeimer - jornalista do site RS Urgente

- Maria Lúcia Streck - jornalista (ex-Zero Hora)

- Nereu Lima - advogado (a confirmar)

- Roberto Sirotsky Gershenson

- Políbio Braga - jornalista

- Rafael Colling - jornalista da Rádio Gaúcha (a confirmar)

- Ranolfo Vieira Jr. - delegado de polícia

- Ricardo Lied - ex-chefe de gabinete da governadora

- Sandra Terra - assessora da governadora

- Sérgio Zambiasi - senador do PTB

- Stela Farias - deputada estadual do PT

- Tania Regina Silva Reckziegel - presidente do PTB Mulher

- Tarso Genro - ex-ministro e candidato do PT a governador

- Telma Cecília Torran

- Vanessa Guazzelli Braga, Telma Cecília Torran

- Walna Vilarin Menezes - assessora da governadora

- Yeda Rorato Crusius

QUÉRCIA FORA DA DISPUTA DO SENADO EM SP

O câncer de próstata de Orestes Quércia obrigou-o a renunciar à candidatura ao Senado.Liderava as pesquisas de intenção de voto para uma das duas vagas ao Senado. A outra parece destinada a Marta Suplicy.Mas ele estava para ser ultrapassado nas pesquisas pelo candidato do PC do B, Netinho.É remota a chance de o PSDB eleger Aloysio Nunes senador.
A partir do próximo ano, São Paulo deverá ser representado no Senado por três senadores da base de apoio a Dilma - além de Netinho e Martha, Eduardo Suplicy, que tem mais quatro anos de mandato.

PESQUISA VOX POPULI/BAND/IG

Nesta segunda (6), sexto dia das medições do tracking Vox Populi/Band/iG para a disputa presidencial, a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) teve 55% das intenções de voto contra 22% de José Serra (PSDB). Pela primeira vez, desde o início da medição, Dilma oscila positivamente acima da margem de erro que é de 2,2 pontos percentuais, enquanto o candidato tucano oscila negativamente. No dia 1º, Dilma tinha 51% e Serra 25%. Já a candidata Marina Silva (PV), terceira colocada, apresentou novamente 8% das intenções de voto, se mantendo com o mesmo resultado da última pesquisa. Brancos e nulos são 4%, indecisos somam 10%, mesmo índice do levantamento do dia anterior, e os outros candidatos têm 1%. A pesquisa, publicada diariamente pelo iG, ouve novos 500 eleitores a cada dia. As informações são do iG

COLUNA DO JORNAL DO POVO

ESCREVI E ASSINO EMBAIXO

Sair da vida partidária não é me afastar da política. É apenas não estar mais preso a determinadas diretrizes ideológicas e a interesses pessoais de terceiros. Aliás, como não pretendo concorrer a nenhum cargo eletivo, estar filiado em nada me acrescenta. Não me arrependi, no entanto, de ter concorrido um dia. Aprendi muito e tornei-me ainda mais cético em relação aos partidos e aos políticos em geral. Descobri que não podemos confiar em ninguém e que seus inimigos são aqueles que convivem ao seu lado. Mas novos desafios estão postos, tanto em nível acadêmico, como no jornalismo, com mais um programa de rádio, agora na capital. Livrei-me de um “peso” e, com isso, a “caneta” e a “verve”, por certo, ficarão mais duras ainda com a liberdade conquistada.

Eleições RS

Fogaça está sem discurso para o interior, por isso a sua queda nas pesquisas. Além disso, na capital, como pouco fez por lá, minguam seus apoios a cada dia. Mas Tarso ainda está um tanto longe da vitória no primeiro turno. E se pensa em ser governador, que liquide a fatura de uma vez. Senão...

Dilma lá

Dr. Adelar Breitenbach disse que serei conhecido como Mãe Dinah, em razão de minhas previsões. No caso da Dilma, que ainda não aconteceu, se dá na razão direta de estar estudando e pesquisando sobre as eleições presidenciais há bastante tempo. E por ter certeza que os analistas políticos são muito mais torcedores do que estudiosos do assunto. Agora, Dilma que se cuide, pois manobras pesadas virão. E acho que está atingindo o teto e, portanto, eleitores podem entender necessário segundo turno. Como em 2006.

...E por aqui?

GG está encurralando-se politicamente com o PT. Ainda mais se as vitórias, lá e aqui, acontecerem. A saída será uma composição na majoritária. Mas por certo teremos Oscar, Pipa, GG, Neiron, Hilton e Marlon (se ele não se eleger deputado) encabeçando chapas para prefeito. Parece que poucas serão as novidades.

A quebra do sigilo, lá e aqui

Lula erra ao não punir servidores que facilitam quebras no sigilo fiscal. Agora, o outro dado a se considerar é que Serra errou o alvo. Ao que tudo indica, o objetivo de quem mandou investigar era ajudar Aécio. Ou seja, fogo amigo. Pode ser o fim da sua campanha. Aliás, por aqui, a arapongagem também apareceu, e de novo, com gente ligada ao gabinete da governadora.

Grêmio

Os sócios gremistas precisam votar na chapa de oposição, que trará Paulo Odone para a presidência de nosso time. Que me perdoe Fábio Koff, mas ele agora precisa ser preservado e guindado a condição de nosso novo patrono. Um homem com a sua biografia não precisa provar mais nada.

Oportunistas

Impressionante a política. Oportunistas de plantão já batem continência aos possíveis mandatários. Este é um velho hábito da política que o PMDB gaúcho, por exemplo, incorporou rapidamente.


Uergs

Impressionante, mas nenhum dos candidatos a governador sabe exatamente o que fazer com a Uergs. Fogaça diz que vai usá-la para o desenvolvimento regional, mas não diz como isso seria possível. Tarso fala em refundação e em reerguê-la. Mas também não diz como faria. Yeda diz que fez tudo o que era possível e inclusive a democratizou. E tem gente que aposta todas as suas fichas nos eleitos...


História

Cachoeira possui um inegável patrimônio histórico. Que não está democratizado e muito menos internalizado na alma das pessoas. Aliando-se a isso a qualidade de vida e teríamos, sim, possibilidade de fazer dessas alternativas uma forma de trazermos mais investimentos e investidores para cá. Com a palavra a Renate, a Ione, o Minssen, ...

domingo, 5 de setembro de 2010

O GRANDE DEBATE


O programa comemorou seu primeiro aniversário,no sábado que passou. Foi transmitido ao vivo das lojas Benoit. Sem dúvida alguma, firmou-se no jornalismo local e é pauta obrigatória daquelas pessoas bem informadas da cidade. No sábado, contou com a participação especial de Jefferson Selbach, que está retornando ao RS.

QUÉRCIA

Orestes Quércia (PMDB), 72, comunicará nesta segunda-feira a retirada da candidatura ao Senado por São Paulo para se tratar do retorno de um câncer na próstata do qual sofreu anos atrás. Na mesma oportunidade, o ex-governador anunciará o apoio ao companheiro de chapa Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).

ZH ON-LINE DEIXARÁ DE SER GRATUITA

Seguindo uma tendência já praticada por grandes jornais, Zero Hora passará a cobrar por parte de seu conteúdo online a partir de 8 de setembro. Os conteúdos da edição de papel de ZH que são replicados no site será acessado mediante pagamento. O restante do site, que são notícias atualizadas 24 horas por dia, vídeos, blogs etc. seguirá gratuito.

FOGO AMIGO

Quando acessar o microblog Twitter, neste domingo, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, encontrará não apenas as costumeiras críticas e provocações de adversários, mas também de aliados. Na manhã de hoje, o ex-prefeito do Rio e candidato ao Senado Cesar Maia (DEM), sem citar Serra, criticou declarações elogiosas do tucano ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, feitas recentemente. "Há que se ter cuidado com as declarações sobre adversários. Foi dito que Mantega era correto e Lula estadista. E agora, José?", escreveu Maia na internet.

No episódio sobre um suposto dossiê que envolveria a economista e ex-modelo Marina Mantega, filha do ministro, Serra disse que o petista é um "homem correto". Em maio passado, o candidato do PSDB afirmou que o presidente Lula "está acima do bem e do mal". Nos últimos dias, Serra foi criticado por Lula pela forma como reagiu à notícia da quebra do sigilo fiscal de sua filha, Verônica. Mantega rejeitou motivações eleitorais e disse que o vazamento de dados da Receita Federal "é muito maior".

O presidente do PTB, deputado cassado Roberto Jefferson, é outro aliado que recorreu ao Twitter para reclamar de Serra. Queixou-se dos ataques do tucano ao ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB-AL), antigo adversário e agora aliado do PT e de Lula. Collor é candidato ao governo de Alagoas e faz campanha para a petista Dilma Rousseff. Na propaganda de TV, Serra destaca a aliança de Dilma com políticos que estiveram envolvidos em escândalos e denúncias, como Collor e os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (MA), do PMDB.

Apesar de vários parlamentares do PTB apoiarem Dilma, o partido está formalmente coligado com o PSDB de Serra. "O Collor em momento algum falou contra o Serra. Para que Serra está falando contra o Collor? Me deixa mal", protestou Jefferson no Twitter. "Fiz acordo com Collor. Eu não interviria em Alagoas e ele não criaria problemas para a coligação PTB/PSDB. A batida nacional em Collor/PTB afeta nossa campanha em Alagoas. Sé é ruim para meu partido, é para mim", insistiu o presidente do PTB.

REFUNDAÇÃO DO PSDB

O PSDB terá que ser reformulado, independentemente do resultado das eleições. Essa é a opinião consensual de fundadores tucanos ouvidos pela Folha e que seguem filiados ao partido 22 anos depois de seu nascimento.

Ao mesmo tempo em que elogiam José Serra como candidato à Presidência, os ouvidos concordam que o partido perdeu a essência, curtida na social-democracia europeia.

Hoje, dos 109 fundadores, apenas Fernando Henrique Cardoso e Pimenta da Veiga, além de Serra, ainda compõem o conselho político nacional do partido.

Existe consenso entre os entrevistados de que a perspectiva de ver seu principal antagonista no cenário político, o PT, chegar a pelo menos 12 anos seguidos no poder é fruto de erros cometidos pelos próprios tucanos.

Mesmo a conquista da Presidência, considerada prematura, com apenas seis anos de fundação, entra na lista de fatores que contribuíram para uma desconfiguração da unidade do partido.

"A experiência de governo contribuiu para agregar muitos novos filiados que já não partilhavam tanto daquela unidade doutrinária e ideológica que embasou a fundação", diz o ex-chefe de gabinete de FHC, José Lucena Dantas, hoje assessor de Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O deputado estadual Carlos Mosconi (PSDB-MG) vê um "envaidecimento" do tucanato ao chegar no poder.

"O partido não se preocupou em crescer com seus princípios. Ficou mais aliancista", diz Mosconi, ex-presidente do partido e quatro vezes deputado federal.

Nesse sentido, o PSDB também acabou perdendo, nas palavras de João Gilberto Lucas Coelho, ex-vice-governador do Rio Grande do Sul e por três vezes deputado federal, o "debate ideológico" com o PT.

"O PSDB foi apresentado como símbolo da direita brasileira pelo PT e não conseguiu vencer isso", afirma.

O fator popularidade de Lula entra, em parte, na conta de uma oposição feita de forma equivocada, em que êxitos da era FHC foram escondidos. "Nós somos ruins de oposição. A verdade é essa", afirma Mosconi.

Na avaliação de Euclides Scalco, ex-secretário-geral da Presidência e um dos expoentes da fundação tucana, em 1988, outro efeito até hoje sentido pelos oito anos de poder foi a ausência de uma militância forte nos Estados.

"Ganhe ou perca, o partido vai ter que se reformular, com base em novas lideranças", afirma Scalco.

A QUEDA DE SERRA NO DF

A queda nas intenções de voto para o candidato a presidente José Serra (PSDB) tem sido tão vertiginosa que o improvável se torna possível: pesquisa do instituto Soma, divulgada neste domingo, indica que no Distrito Federal o tucano soma agora 20% das intenções de voto, contra 17% de Marina Silva (PV), configurando empate técnico, enquanto Dilma Rousseff (PT) subiu mais três pontos, em relação ao levantamento realizado em 27 de agosto, e agora tem 45%. Marina sempre teve bom desempenho entre os eleitores do DF, chegando a atingir 19% em 27 de agosto. A pesquisa foi registrada no TRE-DF (28791/2010) e no TSE (27419/2010

sábado, 4 de setembro de 2010

PESQUISA IBOPE- RS

Pois é, quem acessou o blog teve a notícia em primeira mão.
Vão os números:
Tarso 41%
Fogaça 23%
Yeda 13%
Pedro Ruas 1%
Como dito no post anterior, Tarso soma mais do que os tres outros concorrentes, e portanto, venceria no primeiro turno.

TARSO GANHARIA NO PRIMEIRO TURNO

Com quase 52% dos votos váidos, Tarso venceria no primeiro turno no RS. É o que constataremos em pesquisa IBOPE que deverá ser divulgada daqui a pouco.

DISPUTA PARA O SENADO EM SP

Na disputa pelo Senado, Netinho (PC do B) subiu para 28% e aparece pela primeira vez à frente de Orestes Quércia (PMDB), que tem 26%. Com isso, os dois estão tecnicamente empatados na disputa pela segunda vaga do Estado, segundo pesquisa Datafolha. Marta Suplicy (PT) lidera com 33% e seria eleita para a primeira cadeira.
Na comparação com o levantamento anterior, Netinho subiu quatro pontos percentuais, e Quércia permaneceu estável. Marta oscilou positivamente um ponto.

MERCADANTE REDUZ DIFERENÇA PARA ALCKMIN

O candidato Aloizio Mercadante (PT) reduziu em oito pontos a vantagem de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pelo governo de São Paulo. Mesmo assim, o tucano ainda lidera com folga e venceria no primeiro turno, se a eleição fosse hoje.

Segundo o Datafolha, Mercadante subiu quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, divulgada há uma semana, e aparece agora com 24% das intenções de voto. Alckmin caiu quatro pontos e tem 50%.

A diferença entre os dois diminuiu de 34 para 26 pontos, a menor margem desde o início da campanha.

DILMA TAMBÉM VENCE NO DATAFOLHA

Pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem em todo o país mostra estabilidade no quadro eleitoral: Dilma Rousseff (PT) oscilou de 49% para 50% em uma semana, e José Serra, que estava com 29%, tem 28%. Marina Silva (PV) está com 10%, contra 9% da semana anterior.

É a primeira vez desde o início do horário eleitoral que não há grandes mudanças no quadro da disputa presidencial. As pequenas oscilações foram todas dentro da margem de erro (de dois pontos percentuais).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

IBOPE: DILMA VENCERIA NO PRIMEIRO TURNO

A nova pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Globo, divulgada nesta sexta-feira, aponta que a candidata do PT, Dilma Rousseff, manteve os 24 pontos de vantagem à frente do seu principal adversário, o candidato tucano José Serra. A petista continua com 51% das intenções de voto contra 27% do candidato do PSDB. Marina Silva, do PV, apareceu com 8% e os demais candidatos não somaram 1%. Brancos e nulos somaram 6% e indecisos, 7%. Numa simulação de segundo turno, a candidata do PT venceria com 55% dos votos contra 33% do candidato tucano. Neste cenário, brancos e nulos, 6%, e indecisos, 5%. A pesquisa ouviu 3010 pessoas, em 240 municípios entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, tanto para o 1º quanto para o 2º turno.

DECRETADA PRISÃO PREVENTIVA NO CASO BANRISUL

Depois de homologar os flagrantes, a Justiça decretou a prisão preventiva dos três suspeitos detidos ontem por uma força-tarefa que investigou desvio de R$ 10 milhões da área de marketing do Banrisul.

Foram presos o superintendente de marketing Walney Fehlberg, o representante da agência de publicidade SLM Gilson Stork e o diretor da DCS Armando D'Elía Neto.

A defesa de D'Elía Neto informou que vai ingressar com pedido de liberdade provisória, caso for negado, vai ingressar com habeas corpus

ALOPRADOS TUCANOS?

A investigação sobre a violação do sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato José Serra, atribuída a “aloprados” do PT, pode revelar a surpresa de ter sido obra dos próprios tucanos. Na época, setembro de 2009, havia uma guerra interna pela indicação do PSDB para a disputa presidencial. Aliados de Aécio Neves atribuíam à turma de Serra a produção de dossiês contra o então governador de Minas. E vice-versa

DEMOCRATAS

No dia de hoje, informei aos DEMOCRATAS meu pedido de desligamento do partido, assim como também a imprensa local.Entendo que cumpri meus compromissos partidários e saio da agremiação, deixando lá grandes amigos.Não pretendo me filiar a nenhum outro partido, até porque não tenho mais nenhum desejo de concorrer a cargos eletivos, ao menos no momento.