O tema da prova de Redação do Vestibular 2012, aplicada na manhã desta segunda-feira, exigiu dos candidatos uma reflexão sobre a Língua Portuguesa. A partir de informações sobre sua crescente evidência no mundo e da adaptação do texto de Maria Eduarda Boal – Os Adamastores da Língua Portuguesa – os vestibulandos tiveram de dissertar com base no seguinte enunciado:
“Este texto revela que a última ‘Flor do Lácio’ criou raízes e gerou frutos; ao cruzar mares e atravessar fronteiras, acabou por construir uma comunidade que compartilha a mesma herança linguística, mas não a mesma identidade. Cada uma dessas comunidades construiu suas memórias com base na história que edificou. Ademais, em alguns desses territórios, a língua portuguesa também acabou por se renovar, por apresentar uma feição singular, pois objeto de criação dos falantes de cada comunidade lusófona. Nessa perspectiva, o nosso idioma é, antes de tudo, uma entidade social que, como tal, se movimenta através do tempo e adquire novas configurações, edificando sua história. Assim, é certo que os países lusófonos, em alguma medida, revelam determinada identidade no cenário econômico mundial, mas ao mesmo tempo, é da manifestação particular dessa língua, em cada país lusófono que a noção de pertencimento a uma Nação se constrói tanto em territórios da Europa, quanto da África, da Ásia e da América. Considerando que é por intermédio do nosso idioma que nossa identidade enquanto Nação se configura, que essa identidade se revela na percepção da língua portuguesa como herança, como memória e como criação e que cada um desses aspectos pode ser observado não só dentro de nós próprios como no âmbito coletivo, nacional e global, escolha um ou mais desses três aspectos que você julgue importantes acerca da língua portuguesa; determine como e porque eles representam, para essa língua, algum tipo de “Adamastor”; e redija uma redação, de caráter dissertativo, justificando sua escolha e defendendo seu ponto de vista.”
Eu acho que o jovem escreve e muito. Mais do que no meu tempo. Hoje ele escreve no Face, em seu blog, ou no orkut. Talvez lhe falte mais leituras. Não vejo tanto interesse hoje.
Certo dizer, que quando eu era estudante, meus professores diziam que o ensino havia caído muito em qualidade. O certo nunca saberemos. Mas sabemos, que alguém só escreve bem, se ler muito e escrever muito.
Quanto ao tema da redação, para mim foi inapropriado e descontextualizado. Acredito que muitos professores não conseguiriam desenvolver o tema proposto. A refletir!
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