segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Coluna do Jornal do Povo
GG é popular!
O bordão serve bem ao prefeito. Apesar da acidez da coluna em relação ao seu governo, que ainda considero muito aquém daquilo que ele poderia fazer, nunca escondi a admiração que tenho por ele no que tange a sua honestidade e, principalmente, a forma como trata a coisa pública. A seriedade, a ausência de escândalos, a sobriedade de seus secretários e, principalmente, a ausência de denúncias de desvios ou insinuações sobre os mesmos fazem de GG uma pessoa bem quista por todos. Por isso o vimos sorridente na Praia Nova, participando do Carnaval, caminhando feliz na Rua 7 de Setembro, sem sobressaltos ou seguranças, ou arroubos de idolatria. Os comuns, aqueles que fazem o cotidiano de uma cidade, percebem isso. Criticam-no? Claro que sim. Mas nunca, em nenhum momento, colocam dúvidas sobre a sua honorabilidade. Se quisesse, concorreria à reeleição e, mesmo com uma ação mediana, seria um fortíssimo candidato. Faltou em seu governo conhecimento de gestão pública. Perdeu muito tempo culpando o passado, quando esse não tinha culpa alguma. Mas, ainda assim, é um bom prefeito. E, independentemente de nossas divergências, me sinto bem tranquilo em tecer-lhe elogios nesses aspectos. Por certo, esse é o sentimento de muitos.
Cracolândia
PM de São Paulo atuou com brutalidade contra dependentes químicos. Precisamos combinar de uma vez por todas: o viciado é doente ou é criminoso? A lei é clara: é doente. Portanto, o Estado agiu desproporcionalmente. Péssimo exemplo.
O universo surgiu do nada?
Acabei de ler "A Universe From Nothing", do festejado astrofísico americano-canadense Lawrence Krauss. Segundo o autor, o universo aconteceu por acaso e veio do nada - algo instável e que sempre acaba reagindo, sem precisar de interferência divina. Para ele, é preferível “viver em um universo onde eu conquisto um significado para a minha vida e uso minha cabeça para agir em vez de ser mandado por um Deus que, por vezes, é muito vingativo”.
Vestibular da Uergs
Hoje é o último dia para se inscrever. Teremos, enfim, um vestibular, disputado aqui na unidade, onde o curso de Administração deve chegar à casa dos quatro candidatos por vaga. Prova que estávamos todos certos quando lutamos por isso.
Poupar água
Com toda a seca que se abateu na cidade, ainda era possível ver pessoas molhando jardins e lavando automóveis. Mais do que urgente, devemos iniciar uma campanha de conscientização, aliada a projetos legislativos, como, por exemplo, determinar o reuso da água nas novas construções. Ou isso ou daqui a quatro anos estaremos racionando água no verão. Podem me cobrar.
Pedágios urbanos
A Lei de Mobilidade Urbana autorizou que municípios com mais de 500 mil habitantes instalem pedágios dentro da cidade. Estranho isso. Diminuir carros nas vias se faz com transporte coletivo inteligentemente pensado. Por aqui, está mais do que na hora de repensarmos nosso trânsito - claro que sem pedágio, mas com neurônios.
Refundar a democracia
Para o Prof. Boaventura de Souza Santos, “a direita só se interessa pela democracia na medida em que esta serve aos seus interesses. Por isso, as esquerdas são hoje a grande garantia do resgate da democracia. Estarão à altura da tarefa? Terão a coragem de refundar a democracia para além do liberalismo? Uma democracia anticapitalista ante um capitalismo cada vez mais antidemocrático?”. Para se pensar e ouvir. Vai estar no Fórum Social, na semana que vem.
A esquerda por aqui
Vamos ver se os partidos (PT, PCdoB, PSB, parte do PMDB e do PDT) e os intelectuais de esquerda, em nossa cidade, chegam a um consenso e proponham uma alternativa programática-progressista para 2012. Nesse momento, é fundamental, parafraseando I. Wallerstein, que se construam acordos para não desperdiçar esperanças e conquistas já consolidadas. Esperar para ver.
Xenofobia
A estabilidade econômica fez do Brasil um país procurado por imigrantes. Estão aí os haitianos, por exemplo. Preocupa-me, no entanto, os discursos xenófobos que começam a surgir. Talvez até seja o mote para a direita voltar com força ao cenário político, aliando credo e raça em seu discurso.
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