Quem foi meu aluno ou, hoje ainda é e quem acompanha o blog e as minhas colunas sabe exatamente do que falo. O Judiciário brasileiro há muito sofre de uma crise, que não tem sido exposta pela grande imprensa, porque talvez interesses outros impeçam a divulgação.
Mas aos poucos as coisas começam a acontecer. Nessa semana tivemos a liminar do ministro Marco Aurélio, praticamente sepultando o Conselho Nacional Justiça, porque aquele órgão fiscalizador, resolveu fiscalizar.E isso no Brasil é pecado.
Na quarta-feira, o presidente do STF, Cezar Peluso, saiu em defesa do ministro Ricardo Lewandowski, que durante a semana paralisou inspeções do CNJ sobre pagamentos milionários feitos por tribunais estaduais a magistrados.
Já três ministros do Supremo, que aceitaram falar desde que não fossem identificados, disseram que Lewandowski deveria ter evitado se pronunciar sobre o assunto, por causa do seu envolvimento pessoal com a questão.
Lewandowski e o próprio Peluso estão entre os beneficiários de pagamentos que chamaram a atenção do CNJ. Os dois ministros eram desembargadores antes de irem para o STF.
A ação que quer impedir o CNJ de fiscalizar foi proposta pelas três das principais associações de juízes.
Ontem, essas entidades afirmaram que vão pedir à Procuradoria-Geral da República que investigue possível crime de quebra de sigilo de dados cometido pela corregedora do CNJ, Eliana Calmon.
É o começo do fim dos tempos de império que cercam um poder autoritário e anti-democrático.
2 comentários:
parabéns júlio! seu exercício de observação é bem acertivo! continue distribuindo informações e visões de mundo. obrigado.
Obrigado. Generosidade do amigo!
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