A coligação "Para Fazer Brilhar o Ceará", que apoiou o candidato derrotado Lúcio Alcântara (PR), entrou com recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a expedição de diploma ao governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), e seu vice, Domingos Gomes de Aguiar Filho (PMDB), por suposto abuso de poder econômico, conduta vedada e propaganda irregular nas eleições de 2010.
Segundo a ação, os eleitos montaram um esquema de propaganda irregular antes mesmo do período destinado à propaganda eleitoral com várias condutas ilegais.
O esquema, conforme a coligação, consistia em propaganda institucional com a utilização de outdoors e placas em todas as 3.800 obras públicas, com o objetivo de mostrar "um futuro bem próximo em face de tais obras".
A denúncia ainda diz que, na imprensa escrita, foram feitas publicações em páginas inteiras nos jornais de todo o Estado demonstrando que o Ceará estava no rumo certo economicamente.
Também na televisão, a coligação afirma que a campanha de Cid Gomes utilizou a TV Cidade de Fortaleza para a realização de propaganda eleitoral direta e indireta em seu favor e para fazer propaganda negativa para o candidato Lúcio Alcântara.
A coligação de Lúcio Alcântara afirma que, no horário eleitoral gratuito, a campanha de Cid Gomes fez propaganda das empresas Grendene, "com o claro objetivo de obter recursos financeiros" para a campanha eleitoral.
A ação sustenta também que foram distribuídas camisetas com o número do candidato, realizada propaganda irregular em muros, fora do padrão permitido pela legislação eleitoral, além de propaganda ilegal durante o Carnaval fora de época em Fortaleza, o Fortal, que mobiliza em torno de 100 mil pessoas em cada um dos quatro dias de realização. Os candidatos teriam exibido faixas, cartazes e outros tipos de propaganda.
O recurso aponta ainda a realização de despesas de campanha vedadas, da utilização de aeronave oficial na campanha e da realização de obras "com o único fim de obter votos das comunidades carentes, mediante abuso do poder político".
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