segunda-feira, 13 de junho de 2011

COLUNA DE SEGUNDA NO JP

NÃO A PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA
Darei, depois de anos, um novo título à coluna, por uma razão mais do que significativa. Percebo o surgimento de uma onda, que tende a levar a distribuição da água de Cachoeira do Sul, para as mãos de poderosos grupos econômicos. Tanto quanto outros, questionei por anos o descaso da CORSAN. Mas sempre defendi a municipalização do serviço. Noto que o debate que está sendo gerado será polarizado entre a CORSAN e a iniciativa privada. E o que é pior, tendo apenas a preocupação em discutir tarifa de água. Isso é de uma ignorância do tamanho do universo. Precisamos discutir saneamento básico, drenagem urbana, universalização da distribuição de água, para só depois pensarmos em tarifa. Se pretendermos criar um espaço público de discussão sugiro, que se escutem especialistas e não, chutadores. Que, por exemplo, conheçam o trabalho que está sendo feito em NH, onde a água foi municipalizada. E também chamar pessoas, que conheçam a fundo a realidade da distribuição feita pela iniciativa privada, dos inúmeros lugares onde deu errado, e nos pouquíssimos em que deu certo, por haver um controle público mais do que efetivo. Um debate dessa natureza, não é um simples gre-nal. Precisa ser sério. E que o interesse seja público. Pois no final quem vai continuar sendo penalizado, será o munícipe. Nessa semana estarei publicando em meu blog (wwww.juliomahfus.blogspot.com) e no twitter (www.twitter.com/juliomahfus), artigos especializados sobre o tema. Para contribuir, efetivamente.

VEREADORES
1) Nada pior do que lutar contra a demagogia e o preconceito. Por óbvio que grande parte da população está cheia dos políticos. E quer o seu fim. E não consegue perceber, o que está por trás dessas iniciativas. A democracia tem um custo operacional. E a nossa Câmara, já deu inúmeras demonstrações de probidade.
2) Aqueles que defendem a redução parlamentar, em geral são aqueles que se opuseram a democracia e na primeira oportunidade que tem, falam mal da classe política. No entanto, as vésperas dos pleitos, muitos encontram um candidato corrupto, para apoiar, em troca de alguma vantagem pessoal.
3) Reduzir vereadores, não significa diminuir custos. Significa ter uma câmara muito mais suscetível a pressão dos grandes grupos econômicos. A CASCISC tem todo o direito de entender que não precisamos de mais vereadores, mas ao menos de mim, publicamente, ouvirá, que nesse caso, está errada, quanto ao enfoque.
4) Quero 17 vereadores (é o máximo permitido por lei), e sem remuneração, apenas com indenização de gastos.

PARA ANOTAR
Do jeito que a coisa caminha, aposto um refrigerante que PP, PR, PPS, PTB, PSDB, DEM, PV e quem sabe o PSB, estarão juntos em 2012. Claro que com Pipa de candidato, até porque figura todos os dias ou nas rádios ou no jornal. Ah, e sem desmentido!

TRIBUNAL DE CONTAS
A luta é grande para a indicação das duas vagas políticas junto ao Tribunal de Contas. Já se tem cinco candidatos, sendo dois do PT, que faz questão de indicar o que lhe cabe na ALRS. No entanto, Tarso não comprará briga com o PDT. Nem que seja por sua indicação, Adroaldo Loureiro estaria garantido. Com Neiron, na torcida!

A UFSM, ENQUANTO ISSO...
Pois é, com a discussão toda centrada no ABAIXO-ASSINADO e na PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA, um tema importante como a federalização, vai perdendo importância. Talvez seja, porque não renda votos ou quem sabe, algum dinheiro no futuro...Acorda, Cachoeira !

EMENDAS PARLAMENTARES
Puxa vida, que bom que os deputados encaminhem emendas para a nossa cidade. E melhor seria que todos aqueles que por aqui receberam votos, assim o fizessem. Se derem ou não resultados, aí é outra conversa. O que não pode acontecer, é que estamos apenas vivendo de emendas e por isso, se travestem de tanta importância. Por pura incompetência nossa. E sugiro ao JP, uma matéria, com todas as emendas de todos os parlamentares, e seus resultados. Agradará gregos e troianos.

OBVIO ULULANTE
Dois de nossos senadores erraram feio na crise Palocci. A primeira foi Ana Amélia, ao assinar um pedido de CPI, contra alguém, que apenas estava Ministro, fechando portas importantes, para o setor que representa. O segundo foi Simon, que subiu a tribuna e resolveu chutar um cachorro morto. Os dois sem nenhum timing político.

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