O plano do Ministério da Educação em fortalecer o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, tem desmoronado por conta dos graves erros nas duas últimas edições do exame. Se em 2009 o problema foi o vazamento das questões antes da prova, o que ocasionou o seu adiamento e a quebra de contrato com a gráfica Plural, que a imprimiu, na edição 2010 o imbróglio ocorreu durante sua aplicação.
Primeiro, a prova, que é dividida em quatro cores (amarelo, rosa, branca e azul), teve um erro de encarte em cerca de 2 mil exemplares da versão amarela, que fez com que algumas questões fossem repetidas e outras faltassem (este erro ocorreu apenas na prova de sábado, e não na de domingo). Um segundo erro ocorreu na folha de respostas: a ordem do gabarito das questões de Ciências Humanas e Ciências da Natureza estavam invertidas.
A RR Donnelley, gráfica que responde pela impressão do Enem, assumiu a culpa pelo imbróglio, o que não exclui a responsabilidade do MEC em revisar o material entregue. A RR Donnelley argumenta que o excesso de zelo quanto ao sigilo da prova dificultou a revisão.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), orgão do MEC que responde pelo Enem, divulgou na manhã desta segunda-feira (8) que os estudantes que tiveram o caderno de questões errado na prova de sábado poderão fazer novo exame ainda este ano. No domingo, o presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, negou que as falhas tenham ferido a credibilidade da avaliação.
Ainda nesta segunda-feira, a Juiza Carla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, concedeu uma liminar que determina a suspensão da prova, contrariando o Inep, que tenta convencer o juiz a desfazer a anulação. Cabe recurso.
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