Escrevi e assino embaixo
GG perdeu a mão em seu governo. Aliás, politicamente, sempre foi titubeante. Nunca soube exatamente o que queria. Começou errado, quando namorou o PP e não casou. Com isso, manteve e mantém ao seu lado um PT desconfiado. Continua com vários CCs e FGs nas mãos de opositores e infiéis. Com isso, desagrada a sua própria base. Desarticulado e sozinho, por opção própria, toma decisões erráticas e complica a cada dia mais ainda o seu governo. Sequer é capaz de apontar ou construir um sucessor. E olha que em seu secretariado poderíamos citar dois ou três nomes que poderiam, sim, representar o governo. Mas não consegue fazer isso. Está pautado pela imprensa. É ela quem diz o que está errado ou quem diz o que ele deve fazer. Não é assim que se governa. Repensar o governo para terminá-lo com dignidade é uma tarefa urgente, mas para isso deve assumir que é candidato à reeleição ou apontar quem será o seu candidato, senão o café esfriará muito antes do previsto...
Dilma e Lula
Não sei, mas, pelo o que acompanhei da movimentação política nessa semana, Dilma parece muito contente com a possibilidade de se livrar de Palocci. Nome esse que lhe foi empurrado goela abaixo por Lula, que continua achando que só com ele ela será capaz de governar o país.
Haddad
Para nós, cachoeirenses, é bom que fique. Ao menos já sabe da existência do Vem, UFSM. Mas sua posição é cada vez mais insustentável. O chamado “kit guei”, que deveria ser distribuído às escolas e que custou alguns milhões, foi para a lata do lixo. Somando-se a isso, os fracassos do Enem e a não-simpatia de Dilma por ele. Acho que não vai longe.
Uergs
Professores e alunos se movimentam, novamente, contra o governo. Acho que ainda é cedo. Precisamos dar um voto de confiança ao reitor e ao governador. Ambos são sérios e comprometidos com o fortalecimento da universidade. Vestibular no meio do ano, sim, é essencial.
Saúde
Secretária Eunice, que realiza um ótimo trabalho na pasta, precisa ficar mais atenta. Comprar briga gratuita com as casas de saúde não interessa nem a ela, nem ao governo. A fiscalização é o seu dever. Mas, ao que parece, está sendo instigada a proceder de outra forma. Cuidado com conselhos, poucos sábios.
Meio ambiente
Escrevi aqui que GG tinha que assumir com plenitude a criação da secretaria. Ficou no meio grávida. Criou e não deu estrutura. Fechar é a capitulação. Mantê-la aberta dessa forma e sem política de médio prazo é um suicídio.
Esquerda
Mesmo sem vida partidária, por aqui costumo conversar sobre política com meus amigos, até trazendo as notícias dos bastidores da capital. As análises feitas por lá dão conta de que, até agora, todos os nomes lançados e ventilados, com exceção dos petistas, representam a continuação de uma política de estagnação no município. A preocupação é grande, pois nossa cidade precisa de um salto de qualidade e o horizonte parece ser cada vez mais sombrio.
Neiron Viegas
Único nome até agora lançado e que representa a autêntica esquerda do município, corre o risco do isolamento. Previsto aqui. Sofreria com a rejeição e com o discurso do medo, que já começa a tomar conta das conversas nos bairros e no Centro. Precisa urgentemente começar a circular mais.
Quem duvida...
Pelo o que acompanho na imprensa e nas rádios, o PP brigou de vez com GG. Fará exatamente o que fez com o governo anterior. Não duvidem, sequer, da criação de uma CPI. E uma coisa já é dita à boca pequena: sem candidato viável, tentarão convencer Marlon Santos a concorrer, porque entendem que não podem mais ficar tanto tempo longe do poder local.
Poder não-estatal
Tenho insistido com a tese de que os partidos perderam o foco com a sociedade e que hoje as mobilizações ocorrem independentemente deles. A questão da água, há tanto tempo debatida pelo Sanmartin, agora ganha o reforço dos clubes de serviços. A mesma coisa acontece com o Vem, UFSM. Ou seja, cada vez mais nos damos conta de que cada vez mais são menos os políticos com os quais podemos contar.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
NOVA TENTATIVA DE REGULAR A IMPRENSA
Representantes do Judiciário e de empresas de comunicação manifestaram ontem preocupação com obstáculos à liberdade de imprensa na América Latina, como, no caso do Brasil, a censura prévia adotada por juízes de primeira instância.
Advogados, ministros e jornalistas se reuniram no Fórum Internacional Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário, promovido por ANJ (Associação Nacional de Jornais), SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e STF (Supremo Tribunal Federal).
No encontro, eles defenderam a aprovação da lei de acesso a informações públicas, que tramita no Senado.
Segundo Judith Brito, presidente da ANJ e superintendente do Grupo Folha, o projeto faz "parte de todo o processo de construção de uma sociedade democrática".
Se aprovada como está, a lei acaba com o sigilo eterno de documentos e cria regras facilitadas para obtenção de informações públicas.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o senador Fernando Collor (PTB-AL), entretanto, são contra o texto e têm impedido a sua votação na Casa.
No fórum, o jornal "Clarín", que pertence ao maior conglomerado de mídia da Argentina, recebeu o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2011.
O jornal "simboliza os problemas que a imprensa argentina vem enfrentando para exercer da melhor forma possível sua missão de fazer um jornalismo independente, de qualidade, sem submissão a governos", discursou Judith.
O encontro também foi marcado por críticas a decisões da Justiça que proibiram a veiculação de reportagens ou o acesso a documentos.
"Hoje, o inimigo da liberdade de imprensa é um pequeno setor do Poder Judiciário, refratário e intolerante", afirmou o ministro do STF Carlos Ayres Britto.
A advogada da Folha Tais Gasparian fez um paralelo com a ditadura (1964-1985).
"Nos tempos da ditadura, pelo menos havia um censor que analisava o que poderia ou não ser publicado. A censura judicial, quando se impõe, é ainda mais grave, porque ocorre sem o conteúdo das reportagens."
O diretor executivo da SIP, Julio Muñoz, citou a censura ao jornal "O Estado de S. Paulo", proibido de publicar reportagens relacionadas a investigação contra o empresário Fernando Sarney.
Já o presidente do STF, Cezar Peluso, disse que o magistrado tem que aprender que o jornalista "não é inimigo". "Nós tínhamos muito medo da imprensa e mantínhamos uma distância que considerávamos saudável. Essa cultura vem mudando vigorosamente."
Advogados, ministros e jornalistas se reuniram no Fórum Internacional Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário, promovido por ANJ (Associação Nacional de Jornais), SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e STF (Supremo Tribunal Federal).
No encontro, eles defenderam a aprovação da lei de acesso a informações públicas, que tramita no Senado.
Segundo Judith Brito, presidente da ANJ e superintendente do Grupo Folha, o projeto faz "parte de todo o processo de construção de uma sociedade democrática".
Se aprovada como está, a lei acaba com o sigilo eterno de documentos e cria regras facilitadas para obtenção de informações públicas.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o senador Fernando Collor (PTB-AL), entretanto, são contra o texto e têm impedido a sua votação na Casa.
No fórum, o jornal "Clarín", que pertence ao maior conglomerado de mídia da Argentina, recebeu o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2011.
O jornal "simboliza os problemas que a imprensa argentina vem enfrentando para exercer da melhor forma possível sua missão de fazer um jornalismo independente, de qualidade, sem submissão a governos", discursou Judith.
O encontro também foi marcado por críticas a decisões da Justiça que proibiram a veiculação de reportagens ou o acesso a documentos.
"Hoje, o inimigo da liberdade de imprensa é um pequeno setor do Poder Judiciário, refratário e intolerante", afirmou o ministro do STF Carlos Ayres Britto.
A advogada da Folha Tais Gasparian fez um paralelo com a ditadura (1964-1985).
"Nos tempos da ditadura, pelo menos havia um censor que analisava o que poderia ou não ser publicado. A censura judicial, quando se impõe, é ainda mais grave, porque ocorre sem o conteúdo das reportagens."
O diretor executivo da SIP, Julio Muñoz, citou a censura ao jornal "O Estado de S. Paulo", proibido de publicar reportagens relacionadas a investigação contra o empresário Fernando Sarney.
Já o presidente do STF, Cezar Peluso, disse que o magistrado tem que aprender que o jornalista "não é inimigo". "Nós tínhamos muito medo da imprensa e mantínhamos uma distância que considerávamos saudável. Essa cultura vem mudando vigorosamente."
quinta-feira, 26 de maio de 2011
SERÁ O FIM DOS PLÁGIOS?
POR Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) adotou um software para prevenir plágios em trabalhos e pesquisas acadêmicas. O programa será utilizado por todos os docentes de todos os câmpus da instituição - especialmente da pós-graduação.
Para detectar possíveis trechos idênticos aos textos de pesquisas antigas, o software Turnitin, desenvolvido por uma empresa norte-americana, conta com um imenso banco de dados. Segundo a universidade, são milhões de informações, entre teses, livros, dissertações, revistas científicas, sites e também artigos de diversos gêneros - a maioria em inglês.
O software é usado em mais de 2,5 mil universidades de todo o mundo - entre elas, a Universidade Harvard e a Universidade da Califórnia. No início do mês, foi oferecido aos professores de todas as unidades um treinamento para utilizar o programa, que não precisa ser instalado no computador: ele está disponível online e é acessível com os caracteres de usuário e senha que a própria Unesp vai oferecer, por meio de seus bibliotecários.
Segundo o professor titular do Departamento de Física da Unesp de Bauru Carlos Roberto Grandini, que participou do treinamento, o docente vai colocar o trabalho do aluno no sistema de busca, que vai se encarregar de buscar trechos semelhantes a outras publicações. "Se um trecho selecionado ficar vermelho, por exemplo, significa que ele tem um grau de 80% ou mais de equivalência a um texto previamente publicado", diz Grandini, que também é presidente da Comissão Permanente de Avaliação da Unesp (CPA). "As cores variam de acordo com o nível de igualdade dos textos que estão sendo comparados."
A partir dessas informações, o professor da graduação ou da pós-graduação vai decidir se o caso pode ser entendido ou não como plágio - a ideia é prezar pela ética e originalidade dos trabalhos desenvolvidos na Unesp.
Grandini já passou por algumas situações, como docente, em que detectou semelhanças entre os trabalhos dos seus alunos e a bibliografia do tema. "O software não é 100% eficiente, porque dependemos das consultas e da abrangência do material cadastrado no banco de dados", afirma. "Mas na internet a gente encontra de tudo hoje. Precisamos ter o mínimo de defesa."
De acordo com ele, a Unesp pretende abastecer o sistema do software com mais dados - com material de literatura científica em língua portuguesa.
PARA LEMBRAR
Em fevereiro, um docente em regime de dedicação exclusiva, Andreimar Soares, foi demitido da USP por ser o autor de uma pesquisa considerada um plágio de estudos do Instituto de Microbiologia da UFRJ. A pesquisa liderada por ele utilizou três imagens de microscopia eletrônica idênticas às publicadas pela UFRJ e envolveu 11 pesquisadores - entre eles, a ex-reitora da USP Suely Vilela.
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) adotou um software para prevenir plágios em trabalhos e pesquisas acadêmicas. O programa será utilizado por todos os docentes de todos os câmpus da instituição - especialmente da pós-graduação.
Para detectar possíveis trechos idênticos aos textos de pesquisas antigas, o software Turnitin, desenvolvido por uma empresa norte-americana, conta com um imenso banco de dados. Segundo a universidade, são milhões de informações, entre teses, livros, dissertações, revistas científicas, sites e também artigos de diversos gêneros - a maioria em inglês.
O software é usado em mais de 2,5 mil universidades de todo o mundo - entre elas, a Universidade Harvard e a Universidade da Califórnia. No início do mês, foi oferecido aos professores de todas as unidades um treinamento para utilizar o programa, que não precisa ser instalado no computador: ele está disponível online e é acessível com os caracteres de usuário e senha que a própria Unesp vai oferecer, por meio de seus bibliotecários.
Segundo o professor titular do Departamento de Física da Unesp de Bauru Carlos Roberto Grandini, que participou do treinamento, o docente vai colocar o trabalho do aluno no sistema de busca, que vai se encarregar de buscar trechos semelhantes a outras publicações. "Se um trecho selecionado ficar vermelho, por exemplo, significa que ele tem um grau de 80% ou mais de equivalência a um texto previamente publicado", diz Grandini, que também é presidente da Comissão Permanente de Avaliação da Unesp (CPA). "As cores variam de acordo com o nível de igualdade dos textos que estão sendo comparados."
A partir dessas informações, o professor da graduação ou da pós-graduação vai decidir se o caso pode ser entendido ou não como plágio - a ideia é prezar pela ética e originalidade dos trabalhos desenvolvidos na Unesp.
Grandini já passou por algumas situações, como docente, em que detectou semelhanças entre os trabalhos dos seus alunos e a bibliografia do tema. "O software não é 100% eficiente, porque dependemos das consultas e da abrangência do material cadastrado no banco de dados", afirma. "Mas na internet a gente encontra de tudo hoje. Precisamos ter o mínimo de defesa."
De acordo com ele, a Unesp pretende abastecer o sistema do software com mais dados - com material de literatura científica em língua portuguesa.
PARA LEMBRAR
Em fevereiro, um docente em regime de dedicação exclusiva, Andreimar Soares, foi demitido da USP por ser o autor de uma pesquisa considerada um plágio de estudos do Instituto de Microbiologia da UFRJ. A pesquisa liderada por ele utilizou três imagens de microscopia eletrônica idênticas às publicadas pela UFRJ e envolveu 11 pesquisadores - entre eles, a ex-reitora da USP Suely Vilela.
LULA ASSUME ARTICULAÇÃO DE DILMA
Preocupado com as insatisfações e ameaças da base governista no Congresso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu nesta quarta-feira, 25, a senha da operação destinada a abafar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o patrimônio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Em conversa reservada com Palocci, na terça-feira, 24, Lula foi taxativo: avisou que ou o ministro atendia os parlamentares ou até aliados poderiam endossar uma CPI no Senado, encurralando o Planalto.
O ex-presidente relatou o diálogo que teve com Palocci durante café da manhã com dez líderes de partidos aliados do governo, nesta quarta, na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Você tome cuidado porque sua situação no Congresso não é boa. Todo mundo está insatisfeito com sua conduta", disse Lula a Palocci, de acordo com relatos de senadores.
Na tentativa de evitar a CPI, Palocci passou a telefonar para os senadores e pedir apoio. Disse estar sendo vítima de uma "campanha de difamação" e se prontificou a marcar conversas privadas com os parlamentares, para esclarecer as denúncias que pesam contra ele.
Lula jantou com a presidente Dilma Rousseff, Palocci, Gilberto Carvalho (ministro da Secretaria-Geral da Presidência), Miriam Belchior (Planejamento) e com seu assessor Luiz Dulci, na terça-feira, no Palácio da Alvorada. Cobrou de Dilma e Palocci mudanças urgentes na articulação política do governo, disse que era preciso atender os aliados na montagem do segundo escalão e acenou com um cenário nada animador. Para Lula, se o governo não agir rápido para conter os dissidentes da base aliada e estancar a crise, a CPI no Senado pode sair.
Queixas. Na manhã de terça-feira, um dia depois de almoçar com senadores do PT, o ex-presidente ouviu mais queixas dos líderes da base aliada - do PMDB ao PTB, passando pelo PR e PP- e assumiu as rédeas da coordenação política do governo. Em tom de apelo, Lula pediu um "voto de confiança" em Palocci e, mais uma vez, tentou contornar a crise política, sob o argumento de que o alvo da oposição é o governo Dilma.
"Palocci é o homem que prestou muitos serviços ao nosso governo e não podemos desampará-lo", disse o ex-presidente. Enquanto o café era servido, com pastel de queijo e bolo de aipim, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) "monitorava" o andamento das comissões no Senado, pelo celular, na tentativa de barrar qualquer pedido de convocação de Palocci.
O ex-presidente relatou o diálogo que teve com Palocci durante café da manhã com dez líderes de partidos aliados do governo, nesta quarta, na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Você tome cuidado porque sua situação no Congresso não é boa. Todo mundo está insatisfeito com sua conduta", disse Lula a Palocci, de acordo com relatos de senadores.
Na tentativa de evitar a CPI, Palocci passou a telefonar para os senadores e pedir apoio. Disse estar sendo vítima de uma "campanha de difamação" e se prontificou a marcar conversas privadas com os parlamentares, para esclarecer as denúncias que pesam contra ele.
Lula jantou com a presidente Dilma Rousseff, Palocci, Gilberto Carvalho (ministro da Secretaria-Geral da Presidência), Miriam Belchior (Planejamento) e com seu assessor Luiz Dulci, na terça-feira, no Palácio da Alvorada. Cobrou de Dilma e Palocci mudanças urgentes na articulação política do governo, disse que era preciso atender os aliados na montagem do segundo escalão e acenou com um cenário nada animador. Para Lula, se o governo não agir rápido para conter os dissidentes da base aliada e estancar a crise, a CPI no Senado pode sair.
Queixas. Na manhã de terça-feira, um dia depois de almoçar com senadores do PT, o ex-presidente ouviu mais queixas dos líderes da base aliada - do PMDB ao PTB, passando pelo PR e PP- e assumiu as rédeas da coordenação política do governo. Em tom de apelo, Lula pediu um "voto de confiança" em Palocci e, mais uma vez, tentou contornar a crise política, sob o argumento de que o alvo da oposição é o governo Dilma.
"Palocci é o homem que prestou muitos serviços ao nosso governo e não podemos desampará-lo", disse o ex-presidente. Enquanto o café era servido, com pastel de queijo e bolo de aipim, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) "monitorava" o andamento das comissões no Senado, pelo celular, na tentativa de barrar qualquer pedido de convocação de Palocci.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
RELEMBRANDO O CARDEAL MAZZARIN
O que o cardeal Jules Mazarin — que nasceu Giulio Mazzarino, se naturalizou francês e morreu em 1661 — tem em comum com o incomparável Maquiavel, além da naturalidade italiana? A resposta está no Breviário dos Políticos, uma seleção de máximas do cardeal relançada pela Editora 34 em formato de bolso. Se não tem a popularidade — e a densidade — de O Príncipe, esse Breviário leva vantagem por não dar conselhos a um príncipe em particular. É um guia para aqueles que sonham conquistar o poder. Na edição brasileira, as máximas vêm precedidas de uma apresentação, assinada pelo político Bolívar Lamounier. E o prefácio de Umberto Eco é um aperitivo especialmente saboroso para o que vem a seguir. Os dois fazem a comparação inevitável com Maquiavel, para acentuar as diferenças e ressaltar os pontos convergentes.
Mazzarin sucedeu ao Cardeal Richelieu, o todo-poderoso ministro de Luís XIII, em 1642. Não tinha nem a classe nem a sabedoria de Richelieu, mas era esperto o suficiente para circular com desenvoltura pela Corte, a ponto de assumir a educação do jovem príncipe que o Mundo conheceu como Luís XIV. Vem dessa intimidade com o poder a matéria-prima para os conselhos que em 300 anos não perderam a atualidade.
No prefácio, Umberto Eco fornece a chave para entender o Breviário: “é que este livro nos descreve aquilo que o homem de poder já sabe. Talvez por instinto”, escreve. “Nesse sentido, não é só um retrato de Mazarin. Usem-no como indentificador de perfis para a vida cotidiana. Encontrarão aí muitas das pessoas que conhecem, por tê-las visto na televisão ou por tê-las encontrado no trabalho”.
Breviário dos Políticos poderia ter como subtítulo qualquer coisa como “um manual para dominar a arte do cinismo e da manipulação’. Visto por outro ângulo, é um manual de sobrevivência na selva da política, dos negócios e da vida em sociedade. Tanto quanto ensina a dissimular, Mazarin põe a nu os truques usados por quem aplica as suas máximas disseminadas pelo Mundo durante séculos. Nisso, a obra tem muito a ver com Maquiavel.
Em um artigo intitulado Máscaras na Corte, o historiador Voltaire Schilling traça um perfil irretocável do Cardeal Mazarin e de sua obra. “Promove, no lugar da ética, o ardil, a astúcia e o cinismo”, escreveu Schilling. “A palavra é um florete. Fina e flexível, se estocada no coração, mata. Mas também desvia o golpe. Perante os poderosos, é bom que seja pronunciada num tom que não revele a adulação, nem que o faça passar por um bajulador. Deve limitar-se ao sinuoso e escorregadio espaço que separa a lisonja do respeito”.
Máximas de Jules Mazarin
“Fala sempre com um ar de sinceridade. Faz crer que cada frase saída da tua boca vem diretamente do coração e que tua única preocupação é o bem comum e afirma, além disso, que nada te é mais odioso do que a bajulação”.
“Guarda sempre forças em reserva, a fim de que ninguém possa conhecer os limites de teu poder”.
“Quando um homem é atingido por um grande desgosto, aproveita essa ocasião para adulá-lo e consolá-lo. É com freqüência que em tais circunstâncias, que ele deixará transparecer seus pensamentos mais secretos e que mais bem oculta”.
“Desconfia de um homem que faz promessas fáceis. É geralmente um mentiroso e um pérfido”.
“Um bom meio de reconhecer um bajulador: conta-lhe que és autor de alguma ação ignóbil, fingindo orgulhar-te dela como de uma façanha. Se ele te felicita, é um bajulador; Um homem sincero pelo menos se absteria de um comentário”.
“Das pessoas muito preocupadas com sua aparência, nada a temer”.
“Arranja-te para que teu rosto jamais exprima nenhum sentimento particular, mas apenas uma espécie de perpétua amenidade”.
“Jamais confies a ninguém tuas inclinações íntimas, nem tuas repugnâncias, nem tuas timidezes. Jamais te envolvas te envolvas pessoalmente em ocupações medíocres: deixa-as a teus subordinados e não fales delas”.
“Não busques penetrar no segredo dos poderosos. Se eles forem divulgados, é de ti que suspeitarão”.
“Sempre que possível, evita fazer a menor promessa por escrito, sobretudo a uma mulher”.
“Deixa a outros a glória da fama. Interessa-te apenas pela realidade do poder”.
Jamais te rebeles contra as reprimendas de seus superiores, descabidas ou não. Em presença de outrem, escusa sempre os desvios de conduta deles e elogia-os em qualquer ocasião”.
“É preciso conhecer o mal para poder combatê-lo”.
“Age em relação a teus amigos como se eles devessem tornar-se um dia teus inimigos”.
“Numa comunidade de interesses, há perigo logo que um membro se torna demasiadamente perigoso”.
“Mantém sempre presente estes cinco preceitos: simula, dissimula, não confies em ninguém, fala bem de todo mundo e reflete antes de agir”.
Breviário dos Políticos, do Cardeal Mazarin.
Tradução Paulo Neves.
Mazzarin sucedeu ao Cardeal Richelieu, o todo-poderoso ministro de Luís XIII, em 1642. Não tinha nem a classe nem a sabedoria de Richelieu, mas era esperto o suficiente para circular com desenvoltura pela Corte, a ponto de assumir a educação do jovem príncipe que o Mundo conheceu como Luís XIV. Vem dessa intimidade com o poder a matéria-prima para os conselhos que em 300 anos não perderam a atualidade.
No prefácio, Umberto Eco fornece a chave para entender o Breviário: “é que este livro nos descreve aquilo que o homem de poder já sabe. Talvez por instinto”, escreve. “Nesse sentido, não é só um retrato de Mazarin. Usem-no como indentificador de perfis para a vida cotidiana. Encontrarão aí muitas das pessoas que conhecem, por tê-las visto na televisão ou por tê-las encontrado no trabalho”.
Breviário dos Políticos poderia ter como subtítulo qualquer coisa como “um manual para dominar a arte do cinismo e da manipulação’. Visto por outro ângulo, é um manual de sobrevivência na selva da política, dos negócios e da vida em sociedade. Tanto quanto ensina a dissimular, Mazarin põe a nu os truques usados por quem aplica as suas máximas disseminadas pelo Mundo durante séculos. Nisso, a obra tem muito a ver com Maquiavel.
Em um artigo intitulado Máscaras na Corte, o historiador Voltaire Schilling traça um perfil irretocável do Cardeal Mazarin e de sua obra. “Promove, no lugar da ética, o ardil, a astúcia e o cinismo”, escreveu Schilling. “A palavra é um florete. Fina e flexível, se estocada no coração, mata. Mas também desvia o golpe. Perante os poderosos, é bom que seja pronunciada num tom que não revele a adulação, nem que o faça passar por um bajulador. Deve limitar-se ao sinuoso e escorregadio espaço que separa a lisonja do respeito”.
Máximas de Jules Mazarin
“Fala sempre com um ar de sinceridade. Faz crer que cada frase saída da tua boca vem diretamente do coração e que tua única preocupação é o bem comum e afirma, além disso, que nada te é mais odioso do que a bajulação”.
“Guarda sempre forças em reserva, a fim de que ninguém possa conhecer os limites de teu poder”.
“Quando um homem é atingido por um grande desgosto, aproveita essa ocasião para adulá-lo e consolá-lo. É com freqüência que em tais circunstâncias, que ele deixará transparecer seus pensamentos mais secretos e que mais bem oculta”.
“Desconfia de um homem que faz promessas fáceis. É geralmente um mentiroso e um pérfido”.
“Um bom meio de reconhecer um bajulador: conta-lhe que és autor de alguma ação ignóbil, fingindo orgulhar-te dela como de uma façanha. Se ele te felicita, é um bajulador; Um homem sincero pelo menos se absteria de um comentário”.
“Das pessoas muito preocupadas com sua aparência, nada a temer”.
“Arranja-te para que teu rosto jamais exprima nenhum sentimento particular, mas apenas uma espécie de perpétua amenidade”.
“Jamais confies a ninguém tuas inclinações íntimas, nem tuas repugnâncias, nem tuas timidezes. Jamais te envolvas te envolvas pessoalmente em ocupações medíocres: deixa-as a teus subordinados e não fales delas”.
“Não busques penetrar no segredo dos poderosos. Se eles forem divulgados, é de ti que suspeitarão”.
“Sempre que possível, evita fazer a menor promessa por escrito, sobretudo a uma mulher”.
“Deixa a outros a glória da fama. Interessa-te apenas pela realidade do poder”.
Jamais te rebeles contra as reprimendas de seus superiores, descabidas ou não. Em presença de outrem, escusa sempre os desvios de conduta deles e elogia-os em qualquer ocasião”.
“É preciso conhecer o mal para poder combatê-lo”.
“Age em relação a teus amigos como se eles devessem tornar-se um dia teus inimigos”.
“Numa comunidade de interesses, há perigo logo que um membro se torna demasiadamente perigoso”.
“Mantém sempre presente estes cinco preceitos: simula, dissimula, não confies em ninguém, fala bem de todo mundo e reflete antes de agir”.
Breviário dos Políticos, do Cardeal Mazarin.
Tradução Paulo Neves.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
COLUNA DE SEGUNDA NO JP
ESCREVI E ASSINO EMBAIXO
Há uma crise na sociedade. Não acreditamos mais nos políticos. Aliás, descremos cada vez mais, nas instituições. E esse é um fenômeno mundial. Casos recentes: Espanha e Portugal. Jovens, aos milhares, tomam as ruas, para protestar, em especial contra a corrupção. E não podemos esquecer, que aquela só acontece, porque a sociedade é corrupta. Portanto, não são apenas os políticos, os culpados. Eles são os vetores de propagação. O caso Palocci é o paradigma da atividade pública. O efeito porta giratória. Entra-se na vida pública, e depois dela se sai, mais rico. Ou para se promover, como se o seu cargo não lhe ocupasse todo o tempo. No Brasil, já começamos a sentir os ventos desse movimento. Aconteceu a pouco, em Higienópolis, em SP. Nosso colega, Leandro Cruz, propaga, um semelhante, em favor do meio-ambiente. E não tardará, outro, que proponha, outra coisa qualquer. O certo é que cada vez mais desacreditamos no Estado e na sua capacidade de mediação. E muito menos nos partidos políticos, ou nas associações de classe. Porque em todos, sem exceção, existe alguém, locupletando-se, posando de mocinho e pensando, que todos ainda são cegos.
UPA
A cidade nem estava no programa, pois não tinha o contingente populacional para tanto. O prefeito foi lá e a conquistou. Não acreditando no governo estadual, encampou o projeto. Inaugura a sua UPA agora em outubro. Lá em Vacaria.
ESFs
O prefeito nomeou os médicos, os enfermeiros e os técnicos concursados. A cidade precisa, urgentemente de mais postos de saúde. Alguém sabe me dizer, então, por que razão o CMS é contra a instalação imediata dos posto de saúde nos bairros?
ARROZEIROS
Tenho inúmeros amigos e clientes produtores na área orízicola. E sei das dificuldades que passam. Por isso, me solidarizo com o movimento. E fiquei muito, mas muito contente em ler a coluna do amigo Scopel, no JP do final de semana, dando sugestões de mobilização. É isso aí. Protestar, é a palavra do momento.
JN NO AR
A série de reportagens produzidas pela Globo, com Gustavo Ioschpe, são ridículas e desqualificadas. O consultor, em comento, escreveu um ou dois bons artigos, mas está muito longe de entender sobre educação pública. Aliás, até procurei, mas não encontrei o Currículo Lattes, do dito especialista. Mas todo aquele que fala em ideologia no ensino, se esquece do que representa.
REFORMAS DE TARSO
O governador sabe exatamente o tamanho da encrenca que significa mexer com a contribuição previdenciária. Vai comprar briga com a elite do funcionalismo público. Será, definitivamente, o teste sobre o seu apoio na ALRS. Embora deva haver uma gritaria, será aprovado, com pequenas modificações. Empregos de aliados, falarão mais alto.
CLUBE DE IMPRENSA
Tomara que a iniciativa do Ferrony dê resultado, em reagrupar, novamente, os profissionais da imprensa cachoeirense. A troca de informações e de conhecimento, em especial das novas mídias, é essencial. E possibilitará, que este serviço de utilidade pública, melhore, ainda mais.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Realmente parece que existe um sapo enterrado nessa questão e vamos ficando para trás. GG errou ao criar a Secretaria e não dar estrutura. Amarelou com as críticas. A situação de Witeck, torna-se a cada dia que passa, mais crítica.
FENARROZ
Entre mortos e feridos, espera-se que a batalha surda pelo poder da feira, resulte em mudanças significativas, e não em uma acomodação de interesses. E espero que a mídia, puxe o debate.
VEM,UFSM
Foi ótimo para o município a visita ao ministro da educação. Mas só trará resultados, com a cobrança efetiva. Não concordo, com a corneta, de que o município não deveria arcar com as despesas de viagem e alimentação, de todos. Nem sei se arcou. Isso é o que menos importa. E se tem uma coisa que ninguém pode falar de GG, é que ele não seja econômico.
Há uma crise na sociedade. Não acreditamos mais nos políticos. Aliás, descremos cada vez mais, nas instituições. E esse é um fenômeno mundial. Casos recentes: Espanha e Portugal. Jovens, aos milhares, tomam as ruas, para protestar, em especial contra a corrupção. E não podemos esquecer, que aquela só acontece, porque a sociedade é corrupta. Portanto, não são apenas os políticos, os culpados. Eles são os vetores de propagação. O caso Palocci é o paradigma da atividade pública. O efeito porta giratória. Entra-se na vida pública, e depois dela se sai, mais rico. Ou para se promover, como se o seu cargo não lhe ocupasse todo o tempo. No Brasil, já começamos a sentir os ventos desse movimento. Aconteceu a pouco, em Higienópolis, em SP. Nosso colega, Leandro Cruz, propaga, um semelhante, em favor do meio-ambiente. E não tardará, outro, que proponha, outra coisa qualquer. O certo é que cada vez mais desacreditamos no Estado e na sua capacidade de mediação. E muito menos nos partidos políticos, ou nas associações de classe. Porque em todos, sem exceção, existe alguém, locupletando-se, posando de mocinho e pensando, que todos ainda são cegos.
UPA
A cidade nem estava no programa, pois não tinha o contingente populacional para tanto. O prefeito foi lá e a conquistou. Não acreditando no governo estadual, encampou o projeto. Inaugura a sua UPA agora em outubro. Lá em Vacaria.
ESFs
O prefeito nomeou os médicos, os enfermeiros e os técnicos concursados. A cidade precisa, urgentemente de mais postos de saúde. Alguém sabe me dizer, então, por que razão o CMS é contra a instalação imediata dos posto de saúde nos bairros?
ARROZEIROS
Tenho inúmeros amigos e clientes produtores na área orízicola. E sei das dificuldades que passam. Por isso, me solidarizo com o movimento. E fiquei muito, mas muito contente em ler a coluna do amigo Scopel, no JP do final de semana, dando sugestões de mobilização. É isso aí. Protestar, é a palavra do momento.
JN NO AR
A série de reportagens produzidas pela Globo, com Gustavo Ioschpe, são ridículas e desqualificadas. O consultor, em comento, escreveu um ou dois bons artigos, mas está muito longe de entender sobre educação pública. Aliás, até procurei, mas não encontrei o Currículo Lattes, do dito especialista. Mas todo aquele que fala em ideologia no ensino, se esquece do que representa.
REFORMAS DE TARSO
O governador sabe exatamente o tamanho da encrenca que significa mexer com a contribuição previdenciária. Vai comprar briga com a elite do funcionalismo público. Será, definitivamente, o teste sobre o seu apoio na ALRS. Embora deva haver uma gritaria, será aprovado, com pequenas modificações. Empregos de aliados, falarão mais alto.
CLUBE DE IMPRENSA
Tomara que a iniciativa do Ferrony dê resultado, em reagrupar, novamente, os profissionais da imprensa cachoeirense. A troca de informações e de conhecimento, em especial das novas mídias, é essencial. E possibilitará, que este serviço de utilidade pública, melhore, ainda mais.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Realmente parece que existe um sapo enterrado nessa questão e vamos ficando para trás. GG errou ao criar a Secretaria e não dar estrutura. Amarelou com as críticas. A situação de Witeck, torna-se a cada dia que passa, mais crítica.
FENARROZ
Entre mortos e feridos, espera-se que a batalha surda pelo poder da feira, resulte em mudanças significativas, e não em uma acomodação de interesses. E espero que a mídia, puxe o debate.
VEM,UFSM
Foi ótimo para o município a visita ao ministro da educação. Mas só trará resultados, com a cobrança efetiva. Não concordo, com a corneta, de que o município não deveria arcar com as despesas de viagem e alimentação, de todos. Nem sei se arcou. Isso é o que menos importa. E se tem uma coisa que ninguém pode falar de GG, é que ele não seja econômico.
terça-feira, 17 de maio de 2011
VEM,UFSM!
Amanhã, em encontro agendado por José Otávio Germano (PP), prefeito Sérgio Ghignatti (PMDB) e comissão comunitária, se encontram com Ministro da Educação, Fernando Haddad, para tratar da ida da UFSM para Cachoeira do Sul.
COLUNA DE SEGUNDA NO JP
Escrevi e assino embaixo
Um pouco chata essa discussão acerca da Fenarroz. Se repete de dois em dois anos, todas as vezes que se projeta uma troca de comando. Embora de natureza privada, é quase uma propriedade imaterial de todos os cachoeirenses e, por isso, desperta tanto debate. Nada a favor e nem contra ninguém. Falta à nossa feira/festa personalidade própria. Ainda não sabe o que é, na verdade. Precisa, definitivamente, sair do armário. Apenas tenho o direito de opinar. Sequer voto. Meu candidato continua sendo, como já o foi há dois anos atrás, o João Ricardo Tavares, pela simples razão de ser uma pessoa articulada, com boa penetração na sociedade, oriundo de família de produtores rurais e, acima de tudo, por demonstrar o mais vivo interesse em assumir a presidência. Estará impedido? Bem, isso quem resolve é a Procuradoria Geral de Justiça. Volto a dizer, nada contra ninguém, mas apenas a favor da transparência e do interesse público, que circunda essa marca que é, sim, da comunidade de Cachoeira do Sul. E espero que, mudando a executiva, façamos uma consulta popular para saber o que a população deseja: festa ou feira.
Vereadores
1. Meritória a iniciativa da Cacisc em entrar no debate acerca do número de vereadores e se posicionar, o que é mais importante - embora discorde do eixo da discussão, por entender que qualificar não significa reduzir.
2. Nessa esteira, entendo que a próxima iniciativa da entidade deva ser de se posicionar mais claramente acerca dos critérios que nortearão seus apoios a candidatos a deputados, vereadores e a prefeitos.
3. Gostaria, mais ainda, que as nossas entidades empresariais, ao concederem honrarias e premiações a políticos, de agora em diante levassem em consideração a trajetória do homenageado, e não apenas uma ou outra iniciativa. Assim, manterão a coerência com a proposta pela simples redução, já que entendem que os políticos são ruins e, portanto, precisamos economizar.
Vem, UFSM
É hoje o lançamento da campanha de mobilização pela vinda da UFSM. O ato é a publicização do movimento, que é de iniciativa comunitária, capitaneada pelo prefeito, que abraçou a ideia de um grupo de amigos. Mariana Carlos (PT) responsabilizou-se por levantar a bandeira junto à juventude. Hoje esperamos uma Câmara de Vereadores lotada para continuarmos na luta da concretização desse sonho. Depois, Twittaço neles.
Votação do Código Florestal
Pois é, quem diria, Aldo Rebelo (PCdoB), político experiente, aos 45 minutos do segundo tempo, mudou termos na redação da lei e jogou por terra a chance da votação. Ainda bem. Com isso, mais tempo para discutir. Leandro Cruz (o viajante do tempo, colunista do JP) lançou campanha de mobilização no Twitter, me consultou e lhe disse que somos parceiros na luta. Redes sociais servem para isso. #Planosaci contra o Código Florestal.
Chega de
aumento
Já que falei um monte de vezes em redes sociais na coluna, twittem para @tarsogenro e peçam que ele não mude a base de cálculo do ICMS da gasolina, senão vem mais aumento.
Gre-nal
Chegando ontem de POA, comentei com meu sogro que se avizinhava uma tragédia. O Grêmio perdeu a oportunidade de liquidar o Gre-nal na primeira metade do primeiro tempo. Não o fez e, de novo, Renato escalou mal os seus cobradores. Mas time por time, o Inter é muito melhor. Parabéns à nação colorada.
Eleições municipais
em POA
Manuela D'Ávila (PCdoB) deve receber apoio do PT na disputa do ano que vem à prefeitura de POA. Fortunatti (PDT), que faz uma gestão muito melhor que Fogaça, não tem como dispensar PMDB, DEM, PP e PSDB de seu governo, e isso inviabiliza qualquer apoio petista. Reflexo para 2014.
Um pouco chata essa discussão acerca da Fenarroz. Se repete de dois em dois anos, todas as vezes que se projeta uma troca de comando. Embora de natureza privada, é quase uma propriedade imaterial de todos os cachoeirenses e, por isso, desperta tanto debate. Nada a favor e nem contra ninguém. Falta à nossa feira/festa personalidade própria. Ainda não sabe o que é, na verdade. Precisa, definitivamente, sair do armário. Apenas tenho o direito de opinar. Sequer voto. Meu candidato continua sendo, como já o foi há dois anos atrás, o João Ricardo Tavares, pela simples razão de ser uma pessoa articulada, com boa penetração na sociedade, oriundo de família de produtores rurais e, acima de tudo, por demonstrar o mais vivo interesse em assumir a presidência. Estará impedido? Bem, isso quem resolve é a Procuradoria Geral de Justiça. Volto a dizer, nada contra ninguém, mas apenas a favor da transparência e do interesse público, que circunda essa marca que é, sim, da comunidade de Cachoeira do Sul. E espero que, mudando a executiva, façamos uma consulta popular para saber o que a população deseja: festa ou feira.
Vereadores
1. Meritória a iniciativa da Cacisc em entrar no debate acerca do número de vereadores e se posicionar, o que é mais importante - embora discorde do eixo da discussão, por entender que qualificar não significa reduzir.
2. Nessa esteira, entendo que a próxima iniciativa da entidade deva ser de se posicionar mais claramente acerca dos critérios que nortearão seus apoios a candidatos a deputados, vereadores e a prefeitos.
3. Gostaria, mais ainda, que as nossas entidades empresariais, ao concederem honrarias e premiações a políticos, de agora em diante levassem em consideração a trajetória do homenageado, e não apenas uma ou outra iniciativa. Assim, manterão a coerência com a proposta pela simples redução, já que entendem que os políticos são ruins e, portanto, precisamos economizar.
Vem, UFSM
É hoje o lançamento da campanha de mobilização pela vinda da UFSM. O ato é a publicização do movimento, que é de iniciativa comunitária, capitaneada pelo prefeito, que abraçou a ideia de um grupo de amigos. Mariana Carlos (PT) responsabilizou-se por levantar a bandeira junto à juventude. Hoje esperamos uma Câmara de Vereadores lotada para continuarmos na luta da concretização desse sonho. Depois, Twittaço neles.
Votação do Código Florestal
Pois é, quem diria, Aldo Rebelo (PCdoB), político experiente, aos 45 minutos do segundo tempo, mudou termos na redação da lei e jogou por terra a chance da votação. Ainda bem. Com isso, mais tempo para discutir. Leandro Cruz (o viajante do tempo, colunista do JP) lançou campanha de mobilização no Twitter, me consultou e lhe disse que somos parceiros na luta. Redes sociais servem para isso. #Planosaci contra o Código Florestal.
Chega de
aumento
Já que falei um monte de vezes em redes sociais na coluna, twittem para @tarsogenro e peçam que ele não mude a base de cálculo do ICMS da gasolina, senão vem mais aumento.
Gre-nal
Chegando ontem de POA, comentei com meu sogro que se avizinhava uma tragédia. O Grêmio perdeu a oportunidade de liquidar o Gre-nal na primeira metade do primeiro tempo. Não o fez e, de novo, Renato escalou mal os seus cobradores. Mas time por time, o Inter é muito melhor. Parabéns à nação colorada.
Eleições municipais
em POA
Manuela D'Ávila (PCdoB) deve receber apoio do PT na disputa do ano que vem à prefeitura de POA. Fortunatti (PDT), que faz uma gestão muito melhor que Fogaça, não tem como dispensar PMDB, DEM, PP e PSDB de seu governo, e isso inviabiliza qualquer apoio petista. Reflexo para 2014.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
PROMEIRA UNIÃO CIVIL DE GAYS ACONTECEU EM CURITIBA
O casal de homossexuais Toni Reis, 43 anos, e David Harrad, 53 anos, registrou nesta segunda-feira, 9, no início da tarde, o contrato de união estável no 6º Tabelionato de Curitiba. Pelo novo entendimento dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, a união entre pessoas do mesmo sexo passa a ser reconhecida como entidade familiar. "Agora somos uma família com todos os direitos", comemorou Reis, que é presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Segundo ele, foi a primeira união registrada após a votação da última quinta-feira. Logo depois, em outro cartório de Curitiba, duas mulheres - Daiana Bruneto e Léa Ribas - também assinaram documento idêntico. "Ganhamos essa batalha, mas não ganhamos a guerra completa, ganhar a guerra completa seria a igualdade de direitos, a discriminação e a não homofobia", afirmou Reis. Ele disse ter entendido a recusa de alguns cartórios em registrar a união, pois alegavam que precisaria aguardar a publicação da decisão do STF. "Eles estavam inseguros, não sabiam como fazer", ponderou.
O casal chegou ao cartório de braços dados, caminhando pela calçada de uma das ruas bem movimentadas de Curitiba, ambos com cravos vermelhos na lapela do paletó e cobertos por um guarda-chuva com as cores do arco-íris. "Estamos muito felizes, embora nervosos e ansiosos", disse Reis, que é professor. O próximo passo por eles traçado é entregar o documento da união estável na Vara da Infância e Juventude, onde têm pedido de adoção de um casal de crianças desde 2005. "Somos uma família, não a tradicional, mas uma família", acentuou Reis.
Os dois conheceram-se na Inglaterra, onde nasceu Harrad, que hoje trabalha como tradutor. Após o britânico ter se divorciado da mulher, ambos vieram ao Brasil e vivem juntos há 21 anos. De acordo com o tabelião substituto Elton Jorge Targa, que assinou o registro de união estável, não há mudança substancial em relação aos documentos de união homoafetiva que já eram realizados. "Estamos em um estado democrático de direito e temos que atender à sociedade como um todo", afirmou.
Após a assinatura do documento, que lhes custou R$ 89,30 pela tabela vigente no Paraná, Reis e Harrad foram até a entrada do edifício onde fica o tabelionato para, diante de pedestres, selarem o ato com um beijo. Não houve nenhum protesto de quem passava pela rua e algumas pessoas aproveitaram para tirar fotos. Reis disse que o evento seria comemorado apenas com um chope em um tradicional local em que normalmente se encontram. "A festa ficará para daqui a quatro anos, quando faremos bodas de prata", afirmou.
COLUNA DE SEGUNDA NO JORNAL DO POVO
Escrevi e assino embaixo
No sábado conversava com algumas pessoas um pouco descrentes com a possibilidade da vinda da UFSM. Procurei sensibilizá-las do contrário. E elenquei algumas razões para isso. Todos sabem que uma das minhas maiores lutas é pela educação. E que em determinado momento entendi que o processo pela vinda da universidade estava equivocado. Só que essas coisas não interessam mais. Agora, cabe a cada um de nós cachoeirenses fazer o possível e o impossível para ajudar. Já me coloquei à disposição para isso. E estou muito satisfeito pelo fato de a juventude cachoeirense estar a cada dia que passa mais mobilizada. A partir do dia 16 de maio o movimento vai para as ruas. Camisetas, bottons, adesivos e passeatas. Precisamos publicizar a ideia para que enquanto isso a nossa comissão comunitária possa, com calma, fazer a parte política para a concretização do projeto.
A morte de Osama
Claro que os EUA sabiam o tempo todo onde estava Bin Laden. Apenas aproveitaram a melhor oportunidade política para executá-lo. Com Obama candidato, essa era a melhor hora. E matando-o, ao invés de capturá-lo, podem continuar financiando a guerra.
Boicote a gasolina
Nos falta muito em matéria de cidadania. Há tempo, os preços dos combustíveis subiram desmedidamente. O que fizemos? Nada. Acreditamos nas desculpas. Mas e agora que o álcool baixou? Por que o preço não cai? Simples. Porque consumimos. Deveríamos protestar. Consumindo apenas o que efetivamente fosse necessário.
Política local
Filiação de um grupo significativo de pessoas a um partido político local deve servir para mudar o panorama eleitoral da cidade. Tudo está sendo gestado e comandado de Porto Alegre.
Congresso Nacional
Depois de mais um julgamento do STF, fica cada vez mais difícil acreditar na seriedade do nosso Legislativo. Todos os grandes temas da nação acabam tendo que ser “legislados” pelo guardião da Constituição em razão da absoluta omissão de nossos deputados e senadores.
Escolas itinerantes
Juro que não consigo entender por que parte da mídia é tão avessa à ideia das escolas nos acampamentos do MST. Será que seria melhor que essas crianças não estudassem?
Imposto ambiental
É um absurdo que o imposto ambiental a ser instituído por Tarso Genro tenha por objetivo ser mais uma forma de arrecadação. Se a preocupação fosse ambiental, então que atingisse a todos os carros, independentemente do ano de fabricação, excetuando-se o do ano.
Uniões homoafetivas
Decisão histórica do STF colocou um ponto final em uma discussão que há muito permeia o mundo jurídico. A CF nunca barrou a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Quem a impedia era o conservadorismo e o obscurantismo da classe política brasileira.
Reforma da previdência
Claro que toda a reforma irá prejudicar alguma categoria. No entanto, o Ipergs há muito vem sofrendo com a defasagem entre o que é recolhido e o que é pago. Além do que, o projeto de Tarso, em tese, atingirá apenas aqueles que podem contribuir um pouco mais.
A divisão do Pará
Bem, vamos criar mais dois estados. Mais Assembleias Legislativas, mais governo, mais Judiciário, mais Ministério Público, mais secretarias, mais autarquias, mais e mais. Aliás, alguém sabe me dizer para que serve o Estado como ente federativo se a CF delega tudo à União e aos municípios? Eu sei. Serve para empregar a nobreza, pois ainda não somos republicanos.
Gre-nal
A queda na Taça Libertadores fez muito mal ao Inter. Um time perdido e nervoso acabou sendo presa fácil para o Grêmio, que poderia até ter feito um placar mais elástico. Perdeu levando dois gols de pescaria do Viçosa. Duas derrotas seguidas no aterro transformaram o domingo colorado em um velório.
No sábado conversava com algumas pessoas um pouco descrentes com a possibilidade da vinda da UFSM. Procurei sensibilizá-las do contrário. E elenquei algumas razões para isso. Todos sabem que uma das minhas maiores lutas é pela educação. E que em determinado momento entendi que o processo pela vinda da universidade estava equivocado. Só que essas coisas não interessam mais. Agora, cabe a cada um de nós cachoeirenses fazer o possível e o impossível para ajudar. Já me coloquei à disposição para isso. E estou muito satisfeito pelo fato de a juventude cachoeirense estar a cada dia que passa mais mobilizada. A partir do dia 16 de maio o movimento vai para as ruas. Camisetas, bottons, adesivos e passeatas. Precisamos publicizar a ideia para que enquanto isso a nossa comissão comunitária possa, com calma, fazer a parte política para a concretização do projeto.
A morte de Osama
Claro que os EUA sabiam o tempo todo onde estava Bin Laden. Apenas aproveitaram a melhor oportunidade política para executá-lo. Com Obama candidato, essa era a melhor hora. E matando-o, ao invés de capturá-lo, podem continuar financiando a guerra.
Boicote a gasolina
Nos falta muito em matéria de cidadania. Há tempo, os preços dos combustíveis subiram desmedidamente. O que fizemos? Nada. Acreditamos nas desculpas. Mas e agora que o álcool baixou? Por que o preço não cai? Simples. Porque consumimos. Deveríamos protestar. Consumindo apenas o que efetivamente fosse necessário.
Política local
Filiação de um grupo significativo de pessoas a um partido político local deve servir para mudar o panorama eleitoral da cidade. Tudo está sendo gestado e comandado de Porto Alegre.
Congresso Nacional
Depois de mais um julgamento do STF, fica cada vez mais difícil acreditar na seriedade do nosso Legislativo. Todos os grandes temas da nação acabam tendo que ser “legislados” pelo guardião da Constituição em razão da absoluta omissão de nossos deputados e senadores.
Escolas itinerantes
Juro que não consigo entender por que parte da mídia é tão avessa à ideia das escolas nos acampamentos do MST. Será que seria melhor que essas crianças não estudassem?
Imposto ambiental
É um absurdo que o imposto ambiental a ser instituído por Tarso Genro tenha por objetivo ser mais uma forma de arrecadação. Se a preocupação fosse ambiental, então que atingisse a todos os carros, independentemente do ano de fabricação, excetuando-se o do ano.
Uniões homoafetivas
Decisão histórica do STF colocou um ponto final em uma discussão que há muito permeia o mundo jurídico. A CF nunca barrou a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Quem a impedia era o conservadorismo e o obscurantismo da classe política brasileira.
Reforma da previdência
Claro que toda a reforma irá prejudicar alguma categoria. No entanto, o Ipergs há muito vem sofrendo com a defasagem entre o que é recolhido e o que é pago. Além do que, o projeto de Tarso, em tese, atingirá apenas aqueles que podem contribuir um pouco mais.
A divisão do Pará
Bem, vamos criar mais dois estados. Mais Assembleias Legislativas, mais governo, mais Judiciário, mais Ministério Público, mais secretarias, mais autarquias, mais e mais. Aliás, alguém sabe me dizer para que serve o Estado como ente federativo se a CF delega tudo à União e aos municípios? Eu sei. Serve para empregar a nobreza, pois ainda não somos republicanos.
Gre-nal
A queda na Taça Libertadores fez muito mal ao Inter. Um time perdido e nervoso acabou sendo presa fácil para o Grêmio, que poderia até ter feito um placar mais elástico. Perdeu levando dois gols de pescaria do Viçosa. Duas derrotas seguidas no aterro transformaram o domingo colorado em um velório.
domingo, 8 de maio de 2011
O DNA DO PSD
PSD do prefeito Gilberto Kassab nasce com claro viés pró-governo. Das 23 unidades da federação onde está formado, em 12 o comando é de aliados da presidente Dilma Rousseff.
É considerado "oposicionistas" as seções capitaneadas por notórios críticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Tocantins e Goiás.
É considerado "oposicionistas" as seções capitaneadas por notórios críticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Tocantins e Goiás.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
AL QAEDA CONFIRMA MORTE DE BIN LADEN
A Al Qaeda confirmou nesta sexta-feira a morte de seu líder, Osama bin Laden, em fóruns jihadistas, informou o grupo de monitoramento americano SITE. A rede terrorista ameaçou ainda os Estados Unidos e disse que vai vingar a morte de Bin Laden.
"Afirmamos que o sangue do chefe dos mujahedins [guerreiros santos] Osama bin Laden é mais valioso e mais precioso para nós e para qualquer muçulmano, por isso não vamos permitir que seja derramado em vão", diz o comunicado.
A organização terrorista afirma ainda no texto que "uma maldição vai perseguir os americanos e seus seguidores dentro e fora de seus países". "Logo, com a cooperação de Deus, suas alegrias vão se converter em tristezas e seu sangue vai se misturar a suas lágrimas", ameaça.
Esta é a primeira declaração pública da Al Qaeda desde a morte de seu líder em uma operação secreta das forças americanas na casa em que ele se escondia, no Paquistão.
A mensagem deve acalmar os céticos que questionavam a veracidade da morte de Bin Laden diante da falta de evidências.
Bin Laden foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares da Marinha dos Estados Unidos que invadiram, em três helicópteros, sua mansão de alta segurança em Abbottabad, cidade a cerca de 50 km da capital paquistanesa. A operação durou 40 minutos e, segundo as autoridades americanos deixou ainda um dos filhos de Bin Laden, uma mulher e dois homens mortos. Nenhum militar americano ficou ferido.
O governo americano divulgou poucos detalhes da operação, contrariados pelos relatos de fontes do governo americano consultados pela imprensa. O corpo de Bin Laden foi identificado pelas autoridades americanas através de técnicas de reconhecimento facial e exame de DNA, nenhum deles exibido ao público.
O corpo de Bin Laden foi lançado ao mar horas depois da operação e o presidente Barack Obama escolheu ainda não divulgar as fotos do terrorista morto, alegando que traria mais riscos do que benefícios.
Segundo a CBS, que diz ter tido acesso às imagens, a foto do corpo mostra o líder da rede terrorista Al Qaeda com um grande ferimento na cabeça e com perda de massa encefálica.
Na foto, que a Casa Branca qualificou na terça-feira (3) como "truculenta", pode ser visto o ferimento provocado por um projétil que acertou Bin Laden acima de seu olho esquerdo.
Bin Laden, segundo informações do governo americano, recebeu dois disparos à queima roupa ao oferecer resistência à prisão, embora estivesse desarmado. Ele foi atingido na cabeça e no peito por um dos militares da força de elite Seals, que conduziu a operação na casa do terrorista no Paquistão.
A Al Qaeda anunciou ainda que tem uma mensagem de áudio gravada por Bin Laden uma semana antes de sua morte e que deve divulgá-la em breve.
"Afirmamos que o sangue do chefe dos mujahedins [guerreiros santos] Osama bin Laden é mais valioso e mais precioso para nós e para qualquer muçulmano, por isso não vamos permitir que seja derramado em vão", diz o comunicado.
A organização terrorista afirma ainda no texto que "uma maldição vai perseguir os americanos e seus seguidores dentro e fora de seus países". "Logo, com a cooperação de Deus, suas alegrias vão se converter em tristezas e seu sangue vai se misturar a suas lágrimas", ameaça.
Esta é a primeira declaração pública da Al Qaeda desde a morte de seu líder em uma operação secreta das forças americanas na casa em que ele se escondia, no Paquistão.
A mensagem deve acalmar os céticos que questionavam a veracidade da morte de Bin Laden diante da falta de evidências.
Bin Laden foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares da Marinha dos Estados Unidos que invadiram, em três helicópteros, sua mansão de alta segurança em Abbottabad, cidade a cerca de 50 km da capital paquistanesa. A operação durou 40 minutos e, segundo as autoridades americanos deixou ainda um dos filhos de Bin Laden, uma mulher e dois homens mortos. Nenhum militar americano ficou ferido.
O governo americano divulgou poucos detalhes da operação, contrariados pelos relatos de fontes do governo americano consultados pela imprensa. O corpo de Bin Laden foi identificado pelas autoridades americanas através de técnicas de reconhecimento facial e exame de DNA, nenhum deles exibido ao público.
O corpo de Bin Laden foi lançado ao mar horas depois da operação e o presidente Barack Obama escolheu ainda não divulgar as fotos do terrorista morto, alegando que traria mais riscos do que benefícios.
Segundo a CBS, que diz ter tido acesso às imagens, a foto do corpo mostra o líder da rede terrorista Al Qaeda com um grande ferimento na cabeça e com perda de massa encefálica.
Na foto, que a Casa Branca qualificou na terça-feira (3) como "truculenta", pode ser visto o ferimento provocado por um projétil que acertou Bin Laden acima de seu olho esquerdo.
Bin Laden, segundo informações do governo americano, recebeu dois disparos à queima roupa ao oferecer resistência à prisão, embora estivesse desarmado. Ele foi atingido na cabeça e no peito por um dos militares da força de elite Seals, que conduziu a operação na casa do terrorista no Paquistão.
A Al Qaeda anunciou ainda que tem uma mensagem de áudio gravada por Bin Laden uma semana antes de sua morte e que deve divulgá-la em breve.
DECISÃO HISTÓRICA
Décimo e último ministro a votar, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, convocou o Poder Legislativo a assumir a tarefa de regulamentar o reconhecimento da união estável homoafetiva para casais do mesmo sexo. Ele acompanhou o relator, ministro Ayres Britto, no sentido de julgar procedentes a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132.
Com o voto do presidente da Corte, o Plenário do STF reconheceu por unanimidade (10 votos) a estabilidade da união homoafetiva, decisão que tem efeito vinculante e alcança toda a sociedade.
Condenação a toda forma de discriminação
De forma breve, ele justificou sua adesão à procedência das ações. Segundo o ministro, o Supremo condenou todas as formas de discriminação, “contrárias não apenas ao nosso direito constitucional, mas contrária à própria compreensão da raça humana à qual todos pertencemos com igual dignidade”.
Peluso considerou que as normas constitucionais - em particular o artigo 226, parágrafo 3º da Constituição Federal - não excluem outras modalidade de entidade familiar. “Não se trata de numerus clausus, o que permite dizer, tomando em consideração outros princípios da Constituição – dignidade, igualdade, não discriminação e outros – que é possível, além daquelas que estão explicitamente catalogadas na Constituição, outras entidades que podem ser tidas normativamente como familiares, tal como se dá no caso”, afirmou.
Lacuna normativa
O ministro também reconheceu a existência de uma lacuna normativa que precisa ser preenchida. Conforme o presidente do STF, tal lacuna tem de ser preenchida “diante, basicamente, da similitude, não da igualdade factual em relação a ambas as entidade de que cogitamos: a união estável entre homem e mulher e a união entre pessoas do mesmo sexo”.
De acordo com ele, “estamos diante de um campo hipotético que em relação aos desdobramentos deste importante julgamento da Suprema Corte brasileira, nós não podemos examinar exaustivamente, por diversos motivos”. Conforme o ministro, os pedidos não o comportariam, além de que “sequer a nossa imaginação seria capaz de prever todas as consequências, todos os desdobramentos, todas as situações advindas do pronunciamento da Corte”.
Ao mencionar voto do ministro Gilmar Mendes, Peluso ressaltou que os ministros não têm o modelo institucional que o Tribunal pudesse reconhecer “e definir de uma maneira clara e com a capacidade de responder a todas as exigências de aplicações à hipóteses ainda não concebíveis”.
“Da decisão da Corte folga um espaço para o qual, penso eu, que tem que intervir o Poder Legislativo”, disse o ministro. Ele afirmou que o Legislativo deve se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte será justificada também do ponto de vista constitucional.
Com o voto do presidente da Corte, o Plenário do STF reconheceu por unanimidade (10 votos) a estabilidade da união homoafetiva, decisão que tem efeito vinculante e alcança toda a sociedade.
Condenação a toda forma de discriminação
De forma breve, ele justificou sua adesão à procedência das ações. Segundo o ministro, o Supremo condenou todas as formas de discriminação, “contrárias não apenas ao nosso direito constitucional, mas contrária à própria compreensão da raça humana à qual todos pertencemos com igual dignidade”.
Peluso considerou que as normas constitucionais - em particular o artigo 226, parágrafo 3º da Constituição Federal - não excluem outras modalidade de entidade familiar. “Não se trata de numerus clausus, o que permite dizer, tomando em consideração outros princípios da Constituição – dignidade, igualdade, não discriminação e outros – que é possível, além daquelas que estão explicitamente catalogadas na Constituição, outras entidades que podem ser tidas normativamente como familiares, tal como se dá no caso”, afirmou.
Lacuna normativa
O ministro também reconheceu a existência de uma lacuna normativa que precisa ser preenchida. Conforme o presidente do STF, tal lacuna tem de ser preenchida “diante, basicamente, da similitude, não da igualdade factual em relação a ambas as entidade de que cogitamos: a união estável entre homem e mulher e a união entre pessoas do mesmo sexo”.
De acordo com ele, “estamos diante de um campo hipotético que em relação aos desdobramentos deste importante julgamento da Suprema Corte brasileira, nós não podemos examinar exaustivamente, por diversos motivos”. Conforme o ministro, os pedidos não o comportariam, além de que “sequer a nossa imaginação seria capaz de prever todas as consequências, todos os desdobramentos, todas as situações advindas do pronunciamento da Corte”.
Ao mencionar voto do ministro Gilmar Mendes, Peluso ressaltou que os ministros não têm o modelo institucional que o Tribunal pudesse reconhecer “e definir de uma maneira clara e com a capacidade de responder a todas as exigências de aplicações à hipóteses ainda não concebíveis”.
“Da decisão da Corte folga um espaço para o qual, penso eu, que tem que intervir o Poder Legislativo”, disse o ministro. Ele afirmou que o Legislativo deve se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte será justificada também do ponto de vista constitucional.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
A MORTE DE BIN LADEN, POR TARIQ ALI
Uma operação das forças especiais dos EUA liquidou Osama bin Laden e mais uns quantos. Ele estava numa casa segura perto da Academia Militar Kakul (o Sandhurst [real academia militar britânica] do Paquistão). A única questão interessante é saber quem denunciou a sua localização e por quê. A fuga de informação só pode ter vindo da ISI [serviço de informações paquistanês] e, se for assim, e estou convencido disso, então o general Kayani, chefe militar do país, deve ter dado luz-verde à decisão. Mais tarde ou mais cedo vai-se saber a que ponto ele foi pressionado. O evento recordou-me uma conversa que tive há alguns anos.
Em 2006, a caminho de Lahore, encontrei um conhecido dos tempos da juventude. Envergonhado, confessou que era um oficial sênior de informações a caminho de uma conferência europeia para discutir formas melhores de combater o terrorismo. Seguiu-se a seguinte conversa (uma versão maior pode ser lida em “The Duel: Pakistan on the Flightpath of American Power”):
“Osama bin Laden ainda está vivo?”
Não respondeu
“Se não respondes”, disse, “assumo que a resposta é sim.”
Repeti a pergunta. Ele não respondeu.
“Sabes onde ele está?”
Ele explodiu em gargalhadas
“Não sei, mas mesmo se soubesse, achas que diria?”
“Não, mas achei que tinha de perguntar de qualquer forma. Há alguém que saiba onde ele está?”
Encolheu os ombros
Insisti: “Nada no nosso maravilhoso país é secreto para sempre. Alguém deve saber. Há três pessoas que sabem. Possivelmente quatro. Podes adivinhar quem são.”
Podia. “E Washington?”
“Esses não o querem vivo.”
“E os teus rapazes não podem matá-lo?”
“Ouve, amigo, por que haveríamos de matar a galinha dos ovos de ouro?”
Agora, os americanos mataram eles próprios a galinha. Qual foi o prêmio prometido e a quem? Será que com isso estarão eles dispostos a pôr fim à guerra e à ocupação que foi supostamente desencadeada para liquidar Osama e que provocou mortes civis que cifram, no mínimo, quatro vezes mais que as mortes das torres gémeas. Estarão? Claro que não.
(*) Publicado no blog da London Review of Books, dia 2 de Maio
(**) Traduzido por Luis Leiria para o Esquerda.net
Em 2006, a caminho de Lahore, encontrei um conhecido dos tempos da juventude. Envergonhado, confessou que era um oficial sênior de informações a caminho de uma conferência europeia para discutir formas melhores de combater o terrorismo. Seguiu-se a seguinte conversa (uma versão maior pode ser lida em “The Duel: Pakistan on the Flightpath of American Power”):
“Osama bin Laden ainda está vivo?”
Não respondeu
“Se não respondes”, disse, “assumo que a resposta é sim.”
Repeti a pergunta. Ele não respondeu.
“Sabes onde ele está?”
Ele explodiu em gargalhadas
“Não sei, mas mesmo se soubesse, achas que diria?”
“Não, mas achei que tinha de perguntar de qualquer forma. Há alguém que saiba onde ele está?”
Encolheu os ombros
Insisti: “Nada no nosso maravilhoso país é secreto para sempre. Alguém deve saber. Há três pessoas que sabem. Possivelmente quatro. Podes adivinhar quem são.”
Podia. “E Washington?”
“Esses não o querem vivo.”
“E os teus rapazes não podem matá-lo?”
“Ouve, amigo, por que haveríamos de matar a galinha dos ovos de ouro?”
Agora, os americanos mataram eles próprios a galinha. Qual foi o prêmio prometido e a quem? Será que com isso estarão eles dispostos a pôr fim à guerra e à ocupação que foi supostamente desencadeada para liquidar Osama e que provocou mortes civis que cifram, no mínimo, quatro vezes mais que as mortes das torres gémeas. Estarão? Claro que não.
(*) Publicado no blog da London Review of Books, dia 2 de Maio
(**) Traduzido por Luis Leiria para o Esquerda.net
terça-feira, 3 de maio de 2011
DIVIDA JUDICIAL PODE SER PAGA COM CARTÃO
Um projeto do Tribunal Regional do Trabalho do Pará prevê o uso de máquinas de cartão de crédito e débito em sessões de conciliação judicial a partir de outubro. A informação é da reportagem de Felipe Seligman publicada na edição desta terça da Folha. A Caixa Econômica Federal e a Redecard já são parceiras do projeto, que pode ser estendido para todo o país.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
COLUNA DO JORNAL DO POVO
Escrevi e assino embaixo
Conversei com um grande amigo de GG essa semana. E pontuei o que, no meu entender, está errado em seu governo. Fui muito pouco contestado. Falta ao prefeito uma visão política de gerenciamento. Não sabe amarrar as coisas muito bem. É só ver, por exemplo, a questão envolvendo a UFSM ou a implantação do curso de Agronomia na Uergs. Duas belas notícias que são ações dele, mas com sucesso terceirizado. Outro exemplo é a saúde. Que melhorou, sim, em seu governo, mas não tanto quanto prometeu. Por conseguinte, sobressaem-se as críticas, ante aos elogios. Não consegue agregar setores da sociedade civil. Pelo contrário. Ainda faz política com o fígado. E isso não lhe ajuda. Embora tenha um ótimo assessor de imprensa, falta-lhe também uma política de comunicação social. E para isso seria necessária a formatação de um novo modelo de gestão, que implicaria em municiar a sociedade com as ações produzidas. Sem personalizar, mas personalizando. Tem ainda um ano e sete meses de governo. Tem muita fita para cortar e algumas coisas para mostrar. Agora chegou a hora. Retardar significa entrar 2012 com o café mais gelado do que nunca. E isso não é bom nem para ele, muito menos para a cidade.
O casamento real
Fico me perguntando qual o interesse público para se perder tanto tempo de televisão noticiando um casamento. Não olhei um segundo da televisão. Até porque nada mais falido que a monarquia. Só não entendo como os que a ela adoram, criticam, depois, os fundamentalistas. São iguais.
Ulbra repaginada
Surgirá, em breve, a nova formatação jurídica da Ulbra. Dívidas, TVs, rádios, prédios penhorados ficarão com a Celsp. E a Nova Ulbra será uma S/A, que locará todas as dependências. Em breve divulgaremos os nomes dos sócios dessa nova instituição.
Presídio
Nosso presídio é o único ou está entre as pouquíssimas casas de detenção que possuem atendimento psiquiátrico. Ponto para a administração local, prisional, Ministério Público e Judiciário.
Gre-nal
Geralmente culpamos o treinador. Mas é lamentável o plantel do Grêmio. Renato tem que ser dirigente e treinador. Já fomos longe demais. O único discurso que temos é o da imortalidade. Um time que tem Gilson, Rafael Marques e Borges só pode perder.
Contraponto
Pipa Germanos me ligou na sexta. Conversei longamente com ele. Explanou seus motivos, de ordem estritamente profissional, que o impedem de concorrer no ano que vem. Pois bem. Então está fora. Embora os veículos de comunicação da família façam o contrário. Só espero que não haja nenhuma relação com o casamento real.
Beco dos Trilhos
Semana passada a equipe do Caps/AD, liderada pela coordenadora do centro, visitou o bairro e fez uma abordagem mais contundente nos usuários de crack. As visitas, com a médica-coordenadora, passarão a ser periódicas, além daquelas feitas pelos agentes redutores de danos, que são diárias.
José Otávio
O factoide do deputado deveria ter sido evitado por ele. Nunca se brinca diante de um repórter. Muito mais quando a informação dada gerará especulações. Falou, foi publicado. Descoberta a verdade, nova publicação. Só não entendo porque tantas críticas ao jornal. Até porque se o deputado fosse ou não fosse em nada mudaria as nossas vidas e muito menos as nossas convicções.
Faixa especial
> Corsan promete destinar R$ 130 milhões para a cidade em 25 anos
> PSD já está criado em Cachoeira. Com aval nacional
> Quiosques da praça foram licitados, mas ninguém apareceu para ocupar
> Executivo federal irritado com relator do Código Florestal
> Ala Figueiró bancará nome contra GG ou quem ele indicar
> Ana Amélia Lemos tomou conta do PP. Patrolou os raposões da antiga Arena
> Universidades paulistas tornam o inglês a língua “oficial”
> Mais devastador e mais barato que o crack, chega a SP o Oxi
domingo, 1 de maio de 2011
MORREU O ÚLTIMO GRANDE ESCRITOR ARGENTINO: ERNESTO SABATO
“Lástima que cuando uno empieza a aprender el oficio de vivir ya hay que morir“ (pena que, quando a gente começa a aprender o ofício de viver já é preciso morrer). Sabato, que era marcado pelo intenso pessimismo, planejou o suicídio duas vezes. Mas, no fim das contas, prevaleceu sua vontade de viver. Morrer, dizia, é algo triste.
“Que horror é o mundo!”. O autor destas palavras, o escritor argentino Ernesto Sábato, morreu neste sábado de madrugada aos 99 anos de idade. No dia 24 de junho teria completado um século de existência. O criador de obras como “O túnel”, “Sobre heróis e tumbas” e “Um e o universo”, embora fosse um seguidor de um humanismo social como o de Bertrand Russel e Bernard Shaw, tendia à depressão ao estilo de Vincent Van Gogh e Antonin Artaud, também enfaticamente admirados pelo argentino.
O escritor – cuja profissão original foi a de físico nuclear – teve a marca do pessimismo nas últimas décadas de sua vida. No entanto, indicava que o planeta ainda tinha “chances”: “este século é atroz e terminará de forma atroz. A única forma de salvá-lo é pensar poeticamente”.
Com sua morte encerra-se a plêiade de escritores argentinos de fama internacional do século vinte como Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares e Julio Cortázar.
Sábato, vencedor do Prêmio Cervantes em 1984, estava há cinco anos praticamente recluso em sua casa no distrito de Santos Lugares, na zona noroeste da Grande Buenos Aires, onde residia há décadas.
Segundo sua secretária e amiga pessoal Elvira González de Fraga, há 15 dias uma bronquite complicou seu estado de saúde. “E essas coisas, nessa idade, são algo terrível”, lamentou ontem de manhã.
Coincidentemente neste domingo à noite, o autor de “Abadón, o exterminador”, que havia nascido na cidade de Rojas, na província de Buenos Aires em 1911, seria homenageado em uma conferência na Feira do Livro de Buenos Aires com a exibição de um documentário feito por seu filho, o cineasta Mario Sábato.
Uma de suas últimas aparições em público foi em 2004 no Congresso da Língua na cidade de Rosário. Ali, o português José Saramago, o definiu de “autor trágico e eminentemente lúcido ao mesmo tempo”. Sábato ficou mudo, chorou e depois abraçou Saramago.
Ontem de manhã, ao saber da morte de seu amigo, a escritora Maria Rosa Lojo destacou que Sábato “foi uma grande influência, que ia mais além da literatura”. A ensaísta María Ester Vázquez, biógrafa de Jorge Luis Borges e amiga de Sábato, afirmou que sua obra mais transcendente foi “Sobre heróis e tumbas”.
O escritor também era um especialista na História do tango. Segundo ele,“somente um gringo pode fazer a palhaçada de aproveitar um tango para conversar e se divertir”. Segundo o autor, “um napolitano dança a tarantela para se divertir. O portenho dança um tango para meditar sobre seu destino”.
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