A operação da Polícia Civil que envolveu cerca de 200 homens nesta terça-feira contra um grupo acusado de integrar uma milícia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, terminou com 20 pessoas presas, entre elas dois vereadores.
A ação, conhecida como Capa Preta, realizada pela Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) e outros policiais de delegacias especializadas também estourou uma central clandestina de TV a cabo, no bairro do Pantanal.
O grupo é acusado de homicídios, cobrança de taxas de moradores da região e exploração de TV a cabo clandestina. As investigações começaram há cerca de seis meses.
Ao todo, são 34 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão. Segundo o delegado Cláudio Ferraz, da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), que comanda a ação, entre os suspeitos estão 13 policiais militares, cinco ex-PMs, um sargento do Exército, um fuzileiro naval e um comissário da Polícia Civil.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, os vereadores Jonas Gonçalves da Silva, o Jonas é Nóis (PPS) --PM reformado--, e Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como Chiquinho Grandão (PTB), foram localizados e detidos em suas residências.
A assessoria dos vereadores não foi encontrada. E a Câmara dos Vereadores de Duque de Caxias disse que deve se pronunciar esta tarde.
O nome da operação é uma referência ao ex-vereador por Duque de Caxias e ex-deputado federal Tenório Cavalcanti. Controverso, usava uma capa preta (uma beca ganha de um aluno para quem providenciou um bolsa de estudos) e tinha uma metralhadora chamada Lurdinha.
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