ESCREVI E ASSINO EMBAIXO
Sim, o governo GG ainda é medíocre. E, por incrível que possa parecer, tenho sido o único que retrato isso dessa forma mais dura. Há sim uma cumplicidade da “intelligentzia” local com esse governo. E em especial com a necessidade que nada se mude nessa terra. Isso explica, por exemplo, porque preferimos o “puxadinho” de Santa Maria (que teima em não sair) a UNIPAMPA, por exemplo. Aliás, assunto trazido à tona, e em tom de ironia, essa semana, por dois Pró-Reitores de universidades federais, em conversas que mantive. O que se percebe por aqui é uma pobreza de idéias, ou então, dentro da teoria conspiratória, a vontade de se fazer com que nada mude. Nada mudando, permanecem os mesmos sendo ovacionados. Ou sendo notícia, porque ganharam um título que não representa nada e porque não fizeram coisa alguma. Como não gosto de criticar sem sugerir, deixo aqui mais algumas idéias, para fazermos um brainstorm e tentar pararmos de falar em CAUC e CADIN.
...NA SAÚDE
1. De nada adianta o secretário ser médico, administrador ou curandeiro. Tem que ser um gestor público. Como podemos driblar a ineficiência estatal, os CAUCS e CADINS e o corporativismo médico? Simples, criando uma Fundação de direito privado que cuidaria especificamente da saúde. Todos contratados por concurso e celetistas.
2. Com isso evitaríamos o inchaço da máquina pública, a não-contratação de CCs e possibilitaria o acesso desburocratizado aos financiamentos públicos. Se preferirem não me perguntar como se faz isso informo que muitas cidades de SP e até NH, aqui no estado, fazem isso. Com essa idéia bem simples, em dois toques acabaríamos com as filas.
... NAS OBRAS
1. Sumidouro de dinheiro público e porta de entrada da corrupção, em todas as cidades brasileiras. Por aqui, há muito e muitos anos é um latifúndio improdutivo. Trocam-se secretários, mas o interior e os bairros seguem desamparados. A solução também é simples.
2. Os serviços devem ser todos terceirizados ou concedidos. Exemplo simples que já escrevi aqui: gastamos aproximadamente trezentos mil reais com lixo por mês. É só fazer uma concessão do serviço, e teremos em caixa quase quatro milhões anuais.
3. Some-se a isso o fim das horas extras, da insalubridade e da periculosidade que somos obrigados a pagar, bem como todo o custeio e o investimento que deve ser feito e teremos ao final do ano, economizado mais quatro milhões.
4. Com sete milhões anuais eu consigo contratar alguns milhares de horas de máquinas privadas. E ao invés de ter que fiscalizar o mundo todo, terá que fiscalizar duas ou três empresas.
...NA ASSISTÊNCIA SOCIAL
O que tem se tem feito? O de sempre. Poderíamos ter inovado. Pelo que lembro tínhamos uma STAS montada e equipada. Precisamos avançar em direção a municipalização. Mas antes de tudo seria necessário criarmos centros de referência para os adultos de rua e centros de referência para as crianças. Com isso iniciaríamos um combate mais eficiente ao crack. Se articulássemos melhor com a sociedade civil por certo criaríamos um banco municipal de agasalho e de alimentos para que pudéssemos atender as necessidades básicas da população.
... NO PLANEJAMENTO
Temos lá um interino. Pergunto: quais são os dados que temos a nossa disposição? Que cidade queremos? Onde podemos nos desenvolver? Quais são as nossas potencialidades? E as nossas fraquezas? Para onde caminhamos? Se recebermos dinheiro de algum projeto, como faremos com a contrapartida? Bem, ali é necessário um cérebro privilegiado e que tenha realmente interesse e capacidade de fazer com a nossa cidade seja uma cidade do futuro.
...E POR FIM, O DESESPERO
Vejam, não é difícil. E não temos nada disso. E nem nos preocupamos com isso. Vimos na prefeitura apenas uma possibilidade de realizar um sonho, mesmo que o mesmo signifique o fracasso de uma cidade; ou então, um trampolim político; ou quem sabe, na maior parte das vezes, uma forma de se aumentar à renda ou ganhar algum tipo de vantagem. Desculpem-me pela franqueza, se somos todos os culpados, tenho feito aqui, a minha parte, que é de criticar, sugerir e fazer com que se pense, concordem ou discordem do que escrevo.
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