Minhas andanças profissionais pelo nosso estado, como também fora daqui, me oportunizou a reflexão sobre um tema, que muitas vezes, nós não percebemos a sua importância: a tecnologia. E em cima disso percebi como estamos atrás de outras cidades e também, como isso dificulta o nosso desenvolvimento.
Estou há cerca de um mês tentando instalar internet em meu escritório, via telefone. Não consigo. A desculpa é que não temos “portas”. Aliás, um telefone convencional hoje, que possibilite ligações internacionais, leva também um mês para ser instalado. Isso é um absurdo. Embora privatizado, continuamos reféns de uma única operadora. Apelei para a internet móvel. Como tenho um plano cooperativo, arrisquei. A resposta era de que levaria ao menos quinze dias. Sobrou a internet a rádio. Eu não vou embora daqui. Minha família mora aqui. Também não sou grande. Mas bem ou mal, emprego diretamente quinze pessoas.
Dei-me conta, também, que não temos televisão a cabo por aqui. Muito menos redes sem fio para que possamos interagir com o mundo. Pior: um grande empresário, amigo e cliente meu, que pretende investir pesado em nossa cidade e região, todas as vezes que vem para a nossa cidade, tem que deixar seu avião em Santa cruz ou Santa Maria, porque nosso “aeroporto” não oferece condições para tal. Ora, como podemos pensar em desenvolvimento se não temos o mínimo suporte a oferecer? Como investir em atração de turistas, sem coisas básicas como essas que eu listei?
Às vezes ficamos pensando como é bom morar em uma cidade pequena. Eu diria que é bucólico. Mas ao mesmo tempo é decepcionante perceber que ainda estamos preocupados apenas com remedinhos, buraquinhos, ou outras coisas que dizem respeito apenas ao indivíduo. E não pensamos no futuro. Talvez essa seja uma boa pauta para a Secretaria de Desenvolvimento: ofertar acesso à tecnologia para quem aqui quer se instalar. Ou nos encaminhamos para tornarmo-nos a vanguarda do atraso. Escrevi e assino embaixo.
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