Não entrei na discussão das passagens aérea, porque o debate deve ser feito em todas as instâncias do Estado brasileiro. Olha como o STF se comporta sobre o tema:
A Justiça, como se sabe, é cega. Mas não é boba. A exemplo dos parlamentares, os ministros de tribunais superiores também têm lá as suas mordomias.
Dispõem, por exemplo, de cotas de passagens aéreas. No caso do STF, cada um dos 11 ministros pode gastar R$ 42.848,20 por ano.
Diz-se que a cifra custeia o ir e vir dos ministros entre Brasília e seus Estados de origem. O dinheiro para as viagens a serviço saem de outra rubrica.
Numa conta que inclui o vaivém de servidores, as despesas aéreas do Supremo somaram algo como R$ 4 milhões em cinco anos.
Nesse período, deram um salto de 320%. Em 2003, o tribunal gastava R$ 269 mil. Em 2008, torrou R$ 1,133 milhão. Neste 2009, por ora, R$ 304,66 mil.
As despesas com viagens de funcionários sorveram da bolsa da Viúva R$ 2,2 milhões desde 2003.
Os deslocamentos dos ministros custaram às arcas públicas R$ 1,8 milhão –R$ 970 mil da cota individual dos 11 magistrados e R$ 837 mil para os vôos a serviço.
Sob pancadaria diária, o Congresso se prepara para levar suas despesas à internet. No Executivo, há um “Portal da Transparência”.
O Judiciário, por enquanto, gasta à sombra. Renderia homenagens ao contribuinte se levasse todas as suas despesas à vitrine.
Em relação às passagens, eis algumas pulgas que saltitam atrás da orelha:
1. A cota dos ministros do STF tem prazo ou gera sobras como as que permitiram a congressistas viajar para a passeio?
2. A milhagem é creditada para o tribunal ou é abiscoitada pelos viajantes?
3. Vale viagem de parente?
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