sábado, 22 de março de 2008

OS FILHOTES DE FIDEL

Na minha modesta concepção não existe diferença significativa entre Lula e os demais líderes populistas da América Latina. Ideologicamente são idênticos e trazem em seu bojo uma condição que é pontual em todos pseudo-ditadores: calar a imprensa. Nada mais óbvio para os adoradores de Fidel, que encheu os tubos da população cubana com discursos de mais de três horas e apenas um jornal oficial. Agora é o tal Evo, líder cocaleiro, que quer calar a mídia em seu país.
Não conviver com a crítica faz parte dos medíocres. Têm queixo de vidro. Falta-lhes competência para administrar e realizar um projeto de nação. Qualquer opinião em contrário as suas implicam em tentativa de desestabilização e outras diatribes inomináveis. Que ridículo. Conviver com a estupidez é algo que nós não merecíamos. Escrever sobre elas é uma perda de tempo significativa. Podíamos estar produzindo textos que ajudassem na discussão sobre o progresso. Mas ao contrário, como eles mexem com direitos fundamentais nossos, somos obrigados a questioná-los.
A América Latina ou é azarada ou incompetente, ou as duas coisas juntas. Nas décadas de 60, 70 e 80 vivenciou as ditaduras militares. Anacronismo, nacionalismo e burocracia fizeram parte do ideário ideológico deste período. No Brasil, até o advento do FHC, que institucionalizou este país, vivemos uma inconstante democracia que primou pela desgovernança na economia. Nos demais países latino-americanos as situações foram semelhantes.
Após passarem por uma fase neoliberal, optaram em sua maioria por ideários socialistas. Qual a diferença entre Lula e Chavez? Nenhuma, no campo ideológico. Entre Lula e Evo? Também nenhuma. E assim com os demais. O que existe de diferente aqui é que Lula tem medo. As instituições se democratizaram no país. Há uma divisão de poderes, autônomos financeiramente. Isto inibe políticas totalizantes. Mas sabemos que sub-repticiamente, o ideário da disputa pela hegemonia, próprio de Gramsci continua a todo o vapor. De quem é a culpa? Da oposição que não consegue construir uma agenda alternativa. Lula está cada vez mais popular e continuando assim, corremos o risco de se repetir aqui o que aconteceu na Rússia de Putin, ou seja, Lula aponta o seu candidato e ele ou ela se torna vitorioso(a). Escrevi e assino embaixo.( ESTE ARTIGO TAMBÉM ESTÁ POSTADO NO SITIO DO DIEGO CASAGRANDE)

Um comentário:

Anônimo disse...

Enquanto as eleições continuarem a depender da ¨grande massa¨vai ser assim, eles sabem disto, direcionam suas ações populistas para esta leva de pessoas ( bolsa familia, bolsa escola, e tantas outras). Acredito que a solução esteja na educação, em ¨nossos pequenos¨ que ainda não estão contaminados pelo sistema, incutir a idéia é a grande virada. Nós, podemos ser semeadores, mas a colheita não nos pertence, INFELIZMENTE.