A direita (re) organizada
Enquanto o PT, até então o partido hegemônico da esquerda local, derruba pontes e afasta aliados, a direita local, silenciosamente, se organiza. Não enquanto partido constituído apenas, mas, em especial, ocupando espaços. Assim age em relação ao referendo, assim tentou e tenta fazer em relação à UFSM, com o debate sobre a água e alguns outros temas que permeiam a nossa cidade. Recria um discurso, cria novos personagens, mas por trás estão aqueles que sempre defenderam o pensamento conservador de nossa cidade. E, diga-se de passagem, nenhum pecado há nisso. Pelo contrário, é salutar a diversidade. Com o advento das filiações, percebemos que o PP, por exemplo, cooptou alguns jovens, tentando se mostrar rejuvenescido. Nos demais, o grande contingente de novas filiações é de pessoas que por muito tempo militaram no antigo PDS, defenderam a candidatura de Serra e hoje se abrigam em legendas que nacionalmente estão comprometidas com um projeto progressista. Também aqui, nenhum senão, salvo, de longe, perceber esses movimentos e entender por que de uma hora para outra atacam GG e seus projetos, como a UPA e a UFSM, ou então ataques desproporcionais contra a Saúde, que ao meu juízo, dentro do próprio período do Executivo, melhorou em muito com a simples troca de secretários. Espero, sinceramente, no entanto, que a discussão eleitoral do próximo ano se dê em cima de projetos reais e de futuro para essa cidade, e não apenas em discussões personalistas e de ataques rasteiros e oportunistas, como vimos em 2008. Muito embora ainda ache, cada vez mais, que quem fará a diferença, serão as ações que prescindam do status quo constituído.
Você faz a diferença
Um plano de governo se copia. Uma estratégia ou uma nova estrutura você a constrói em cima de modelos. No entanto, uma cidade só se desenvolve se houver pessoas com capacidade de criar grupos autônomos, calcados em valores culturais e desprovidos de interesses econômico-pessoais. Pense nisso.
Vestibular da Uergs
O vestibular 2012 da unidade local terá como novidade o vestibular para o curso de Administração. Uma luta antiga do Coletivo Universidade Pública. Agora, a unidade projeta crescimento, fortalecendo os cursos tecnológicos e avançando em direção ao curso de Agronomia, que deverá ser a próxima novidade.
Adão patrono
O movimento para que o Adãozinho seja o próximo patrono da Feira do Livro rompeu as barreiras regionais. São dezenas de e-mails diários e centenas de twittes recebidos por aqueles que defendem a indicação. Os organizadores podem dar um passo significativamente grande trazendo uma estrela nacional, filho dessa terra, para a próxima edição. E fazendo da nossa feira, uma feira com mídia nacional. Basta coragem e desprendimento.
Recilcar é preciso
JP está com uma bonita campanha educacional nesse sentido. Mas precisamos fazer mais. E cada um a sua parte. Diminuir a quantidade de resíduos é economia para os nossos combalidos cofres municipais. Amanhã recebo em minha aula na Uergs a Cooperativa dos Catadores. Informar e educar ainda são a melhor saída.
Meu pai
Hoje faz exatamente 10 anos que perdi meu pai. Um dia depois de seu aniversário. Parece que foi ontem. Perdoem-me o tópico, mas foi ele quem sempre me incentivou a escrever e era para ele que sempre mostrava, em primeiro lugar, meus artigos. E dele que recebia a primeira crítica. E a saudade me deu vontade de escrever um pouquinho sobre ele.
Judiciário
Sem dúvida o poder mais autoritário da República. Também o menos transparente e que repisa em seu conceito, o pensamento conservador nacional. Quando luta e reluta para que o CNJ não possa investigar os juízes, quer manter-se impune. Mas esperar o que, se a corte suprema possui mais de três mil funcionários, sendo nove higienistas bucais e mais de uma dezena cuja única função é segurar a cadeira do ministro para este sentar?
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