terça-feira, 6 de janeiro de 2009

UM NOVO OLHAR SOBRE CACHOEIRA - Coluna publicada no JP

Iniciamos o ano com uma nova administração. Isso é fruto da democracia. A alternância do poder. E como é salutar para todos. Assim podemos comparar, mudar e até manter tudo como está. Nossa cidade optou pela mudança. É certo dizer que bem mais da metade da população não votou em GG e, no entanto, ele tem a tarefa de administrar a cidade para todos. Como cidadãos devemos torcer pelo seu êxito. Como analista me cabe elogiar os seus acertos e criticar os seus erros, mas sempre lhe apontando opções.
Particularmente gostei da forma como montou seu secretariado. Sem nenhuma concessão. Ocupou o PMDB e, teve sorte que alguns convites feitos, não foram aceitos o que descaracterizaria o seu governo. Fez barba, cabelo e bigode e emplacou um peemedebista na Presidência da Câmara, o que facilitará em muito a harmonia dos poderes. Aliás, partidário de três costados, como se diz no interior, que embora escorraçado pelos seus próprios companheiros, fez campanha para GG, o que não sei se aconteceria, caso fosse vencedor de uma disputa interna. Até porque, não podemos esquecer que o atual prefeito disse em reunião partidária, que se sua chapa perdesse, desistiria de candidatar-se, colocando sobre os ombros de Luciano uma responsabilidade que não era dele.
Teremos a meu ver, pela primeira vez, uma administração de esquerda em nossa cidade. Não em função dos homens que a compõe, mas principalmente em razão das propostas. Por que digo isso? Porque em toda a campanha e até o momento, não percebi nenhuma política de geração de emprego,de atração de indústria ou de redução de impostos. Tenho percebido sim, algumas propostas assistencialistas, como se o único fim da administração pública fosse esse. Cuidado! Práticas dessa natureza acabam gerando desequilíbrio financeiro e invariavelmente, aumento de impostos. É claro que precisamos olhar para a comunidade carente e buscarmos soluções para a miséria. Mas a prática demonstra que o desenvolvimento econômico e social se opera com emprego e qualificação da mão de obra.
São situações. O importante é ressaltarmos as diferenças. A administração que se inicia certamente será diferente de todas as demais. Ser-se-á melhor ou não, só o tempo dirá. Nesse momento o que se tem é apenas a torcida. Só não quero o populismo e a demagogia, vertentes tão próximas dos governos ditos esquerdistas. Que seja e que se assuma de esquerda. Mas deixem de lado os ranços stalinistas, como o patrulhamento ideológico e a idéia de que tudo o que se fez até agora era ruim. Escrevi e assino embaixo.

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