Quando pensamos o universo
feminino, ainda o fazemos de forma machista, seja homem ou mulher, que venha a
fazê-lo. Isso se dá com certeza, em razão daquilo que Regina Navarro Lins chama
de estereótipo do amor romântico, em que o parceiro é exclusivo, idealizado, o
legítimo príncipe encantado. Na verdade, todos sonhamos com isso. Mas não
imaginamos o quanto isso se torna cansativo, a partir do momento que tanto o
homem quanto a mulher, tentam moldar o outro, de acordo com os seus sonhos. A
personalidade própria acaba sendo sufocada, para que dê lugar àquilo que o
outro imagina ser o ideal. E o sexo? Bem isso se torna cada vez mais raro, até
porque estamos diante de um amor tão casto, que nos proibimos de realizar as
nossas fantasias.
As jovens de hoje, que são muito
mais independentes, intelectual e financeiramente, começam a questionar essa
idealização. Aceitam e curtem o casamento, mas não o querem mais idealizado.
Acreditam que a intempéries façam parte do processo. E as individualidades
precisam ser mantidas. E é por isso que encontramos cada vez mais, mulheres
reunidas em bares e baladas. Divertindo-se. E não caçando, como imaginam os
machistas de plantão. Querem preservar a sua essência e até quem sabe,
experimentar uma novidade. Mas apenas se ela quiser. Até porque, hoje, a
conquista é feminina, e não mais masculina. Os jovens que hoje experimentam
essa sensação de liberdade e de respeito a sua individualidade, são muito mais
felizes no casamento E o sexo muito prazeroso, porque é praticado com a mais
absoluta vontade e sem a obrigação de satisfazer quem quer que seja. Amor e
sexo são coisas diferentes. Caminham juntas muitas vezes, mas podem sim
caminhar em separado. E
é isso que muitos jovens, hoje, se propõem a fazer.No dia internacional das mulheres, nada mais justo que se pense acerca da libertação do corpo e da alma!
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