O título dO POST se refere a um jargão jornalístico, muito usado na guerra, ou seja, quando sua tropa é abatida por tiros vindo de sua própria base. Na política isto não é muito diferente. Conversava com um amigo meu, que assumiu importante cargo no governo estadual e que como provém da Universidade. Disse-me que diariamente convivia com o fogo amigo, até porque é um lugar onde a inteligência e o raciocínio lógico não encontram um terreno fértil para sua disseminação. Então, para galgar posições, muitos tentam derrubar o próximo, mesmo que seja “da base”.
Convive-se diariamente com esta situação, seja localmente, como no âmbito regional e até nacional. Aqui se percebe na questão de liberação de verbas federais, e a comum troca de acusações que sempre acontece entre os poderes. Mas isso não é tudo. Ele me comentou que existe um grande número de pessoas dizendo-se seu amigo e que tentam tirar proveito da situação, seja buscando uma colocação ou tentando montar “cama de gato”, que é algo inimaginável para o cidadão comum. Comparo a seara política com a acadêmica. As vaidades pessoais superam tudo. Por isso não estranho nem um pouco estas atitudes, que entendo como idiotas, até porque, nada mais irritante do que classificarmo-nos de ingênuos ou imbecis.
Ele tem defendido que a classe política, como um todo precisa, necessariamente, de uma reflexão. Estas ações, comumente classificadas de “pegadinhas” em nada contribuem para as ações de estado. O bem comum, a gestão pública eficaz devem sempre prevalecer. É claro que todos cometemos erros. Até com o intuito cego de acertar. Mas não podemos misturar o público com o privado, sob pena de criarmos um espetáculo próprio, no qual o cidadão de bem, além de ficar excluído, sentir-se-á enojado.
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